Substância achada em frutas pode ajudar a deter Alzheimer
Algumas das frutas mais ricas em urolitina-A são a romã, o morango, a framboesa e a amora
Publicado: 03/06/2024, 18:44
O Alzheimer é uma doença que ataca o cérebro de forma progressiva, levando a um comprometimento grave de autonomia do paciente. Encontrar um tratamento para reverter a condição ou diminuir seu impacto é um dos desafios da medicina moderna. Um dos caminhos pesquisados passa pela alimentação.
Estudo publicado em 18 de maio na revista especializada Alzheimer’s & Dementia aponta que frutas ricas em urolitina-A são capazes de ajudar o corpo a remover células danificadas, evitando o acúmulo de proteínas tóxicas que já foram relacionadas ao declínio cognitivo.
Algumas das frutas mais ricas em urolitina-A são a romã, o morango, a framboesa e a amora. Algumas oleaginosas, como as castanhas e as nozes, também contém a substância em sua composição.
Como as frutas agem evitando a progressão do Alzheimer?
Segundo os autores do estudo, a urolitina-A atua como uma espécie de fiscal da limpeza no cérebro, sinalizando ao organismo onde estão os depósitos de proteínas que precisam ser descartados.
“Muitos pacientes com doenças neurodegenerativas têm dificuldade em remover mitocôndrias danificadas do cérebro, que se acumulam e afetam a função cerebral. Se você conseguir estimular o processo de mitofagia, removendo as mitocôndrias fracas, verá resultados muito positivos”, explicou o bioquímico Wilhelm Bohr, da Universidade de Copenhague, um dos autores do estudo.
Os pesquisadores comprovaram o impacto da urolitina-A ao testá-la com ratos que tinham sido induzidos aos sintomas do Alzheimer. Após serem alimentados com suplementos da substância conseguiram melhorar o desempenho em testes de aprendizagem, memória e olfato.
Apesar do estudo ter sido feito em camundongos, os pesquisadores acreditam que os mesmos efeitos seriam alcançados em humanos. “Ainda não podemos dizer nada conclusivo sobre a dosagem. Mas imagino que seja mais do que uma romã por dia para um adulto. Porém, a substância já está disponível em forma de comprimido e atualmente estamos tentando encontrar a dosagem certa”, conclui Bohr.
Com informações do portal Metrópoles