Projeto elucida combate ao bullying em Ortigueira
Consequências deste tipo de violência, para agressores e agredidos, teve uma ampla abordagem no 4º ano da Escola do Campo Libertação Camponesa
Publicado: 28/04/2023, 06:00
Um trabalho sobre o bullying ocorreu no 4º ano A da Escola Municipal do Campo Libertação Camponesa, em Ortigueira. A professora Solange da Silva explica que o projeto desenvolvido contou com vários vídeos sobre as diferenças, assim como textos pesquisados e entendimento que este tipo de agressão pode levar à consequências drásticas.
A docente cita que há vezes em que a pessoa não supera traumas, ficando com sentimentos negativos como “vingança, baixo autoestima, dificuldades de aprendizado, que de rendimentos escolar, podendo assim se tornar um adulto com dificuldade em relacionamento e graves problemas”.
“A consequência nos agressores se dá pelo distanciamento e a falta de interesse pelo conteúdo, ensinando, projetando na violência, habita no agressor para futuras condutas violentas na vida adulta. Para os espectadores, que são na maioria alunos, podem sentir insegurança, medo, ansiedade, comprometendo o processo socioeducativo”, explica a educadora.
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Solange elenca que algumas experiências são menos traumatizantes, enquanto outras deixam estigmas para o resto da vida – também para o agressor, que podem ter o retorno desses atos no futuro da sua vida. Quem comete, pontua a professora, adota esse tipo de violência como estilo de sua personalidade, o que pode levar a marginalidade, e muitos expectadores não superam os temores de envolvimento e angústia.
“Foi trabalhada a dinâmica do papel amassado, onde o coração de papel não voltará a ser como antes. Assim é o coração das pessoas quando magoadas, machucadas: nunca é mais consertado totalmente. Observamos, também, através de pesquisas, que o bullying é um fenômeno tão antigo quanto a escola”, diz a docente.
Assim, houve a contextualização de que na Suécia, década de 1970, surgiu maior interesse da sociedade acerca do problema, estendendo-se na sequência para vários países. Complementando, a educadora traz casos em 1982 que estarrecem ainda mais o assunto, além de citar que isso pode ocorrer em escolas, universidade, famílias, vizinhos e locais de trabalho.
“O bullying cresceu ainda mais com a influência de meios eletrônicos como a internet. Através de vídeos que foram assistidos e pesquisas que foram feitas, os alunos chegaram a conclusão do que vem a ser o bullying. Chegando à conclusão de repensar e não magoar ou ofender os amigos. E, ser amigo de todos, sem exceção”, conclui Solange.
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