Charges estimulam criticidade e opiniões de classe em Irati

Os alunos do 5º ano da Escola Municipal Professora Antonina Filus Panka, em Irati, sob orientação da professora Luciana Colecha, puderam conhecer o gênero das ‘charges’. Segundo a docente, o trabalho ocorreu por meio de atividades críticas e criativas, envolvendo problemas referentes à sociedade, com a ideia surgindo a partir de um trabalho acerca de um artigo de opinião, dentro do conteúdo proposto para o bimestre.

“Foi apresentado aos alunos o gênero textual de artigo de opinião com o texto, presente no livro didático Ápis, ‘Pré-adolescente é criança?’, de Rosely Saião. O referido texto foi publicado na Folha de São Paulo em 11 de abril de 2015. Após a leitura do texto, os alunos debaterem sobre a opinião da autora referente ao assunto e puderam colocar suas próprias conclusões e opiniões, além de realizarem diversas atividades de intepretação do artigo”, aponta a educadora.

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Conhecendo mais sobre o artigo de opinião, a turma pôde escrever acerca de um assunto que pudessem argumentar, colocando suas opiniões e ideias, com variados temas indicados, como saúde, educação, finanças e outros aspectos sociais. No livro didático os alunos perceberam que as críticas e opiniões também são encontradas nas charges e podem possuir um caráter divertindo, abordando o assunto com ironia e diversão sem deixar de opinar.

“A turma teve como lição de casa pesquisar na internet uma charge e enviar via WhatsApp para a professora. Em sala de aula, as charges foram colocadas em data show para que cada aluno apresentasse e argumentasse sobre sua charge, trazendo assim discussões e debates entre os demais, que puderam expressar suas opiniões para os colegas”, explica Luciana.

Após a apresentação, houve formação de duplas, criação de charges com elementos e críticas ao nosso cotidiano e a sociedade – com temas variados, como alimentação escolar, desmatamento, saúde, uso excessivo de redes sociais, entre outros. Após terminarem suas produções, as charges foram anexadas ao quadro, analisada pelos estudantes e houve uma votação para o trabalho mais criativo, participando todos os funcionários da escola.

“Por fim, as charges foram analisadas pela turma de um modo geral, elencando o motivo pelo qual determinada charge teve mais votos que outras. Assim, compreenderam que a maneira de expressar as ideias e opiniões, mesmo que de forma engraçada ou irônica, precisa ser bem elaborada para que o leitor consiga entender o que autor gostaria de passar”, complementa a professora.

A educadora cita um enriquecedor trabalho, com ênfase nos debates em sala de aula, levando o interesse de alguns alunos por assuntos sociais de grande importância. Além disso, houve o incentivo a criatividade na escrita e nos desenhos, fazendo com que os leitores pudessem entender o que estava sendo passado.

“É por meio de trabalhos que envolvem os alunos que estes aprendem. Nesta proposta, as crianças mesmas elaboraram suas explicações e tiveram argumentos para defender suas próprias opiniões, respeitando a opinião do outro. Com certeza as charges vão fazer parte da vida dos alunos e com ela vem o pensamento crítico e a forma que estes podem se expressar em sociedade”, conclui Luciana.

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