Alunos do Sagrada Família criam contos sobre festejos juninos

A festa junina é tema recorrente de trabalhos e diversão no Vamos Ler – Geração Digital. E, nas turmas da 1ª série do Ensino Médio do Colégio Sagrada Família, em Ponta Grossa, não foi diferente: os alunos da turma puderam escrever contos dentro do assunto referente à tradicional festividade brasileira. A professora Bianca Meira Lopes comenta os principais aspectos do trabalho.

“De acordo com a proposta, os alunos deveriam criar uma história que tivesse como ambiente narrativo uma festa junina e, como causador do conflito, um dos seguintes elementos: comidas típicas, músicas, danças, roupas, brincadeiras ou histórias juninas. Além disso, era necessário cumprir com a estrutura do gênero conto, que é tradicionalmente oral e, por isso, foram permitidas expressões orais regionais nas falas das personagens”, aponta a docente.

Produção de aluna

Bianca, em seu relato ao Vamos Ler, enviou uma das produções: a da aula Yasmin Gabroski, resultado da proposta apresentada em sala. Segundo a educadora, a escolhe dos elementos ‘histórias juninas’ como causador do conflito de seu conto rendeu a produção abaixo. Veja:

“Histórias juninas

Eu acabara de chegar na maior festa que havia visto em toda minha vida. Estava passando as férias na casa da minha tia e da minha prima, eu não estava trajada para a ocasião (sinceramente, preferia estar em casa, lendo um bom livro). Logo que chegamos, as duas foram espontaneamente dançar quadrilha, enquanto eu, estava sentada, observando a dinâmica da festa. Minha tia gritou, de longe:

– Se num vier dançar agora, o Quadrilheiro já chama você!

O Quadrilheiro. Uma história que minha avó contava nas noites de festa junina. Ele era um homem que gostava tanto de dançar quadrilha que, depois de sua morte, tornou-se um espírito que chamava e perseguia as pessoas que estavam paradas para que dançassem com ele.

Depois de voltar das minhas memórias, percebi que um homem sorridente me chamava para dançar. Recusei os convites insistentes e fui para fora, na tentativa de fugir dele, porém, ele me perseguia. Eu, desesperadamente, comecei a correr e gritar por ajuda. Então, esbarrei na minha tia e, rapidamente, expliquei tudo. Ela, que era benzedeira, segurou minhas mãos e fez uma oração, quando terminou, me senti aliviada e protegida. Lentamente, voltei ao meu lugar, enquanto via o vulto do homem desaparecendo entre a mata. Eu tinha certeza: era o Quadrilheiro”.

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