Criança precisa ajudar? Alunos de 1º ano respondem

Questão foi abordada na turma vespertina da Escola Evangélica de Carambeí. Direito, deveres, entendimento sobre o tema - e até ações práticas - ocorreram em sala

Criança precisa ajudar? Este tema foi levantado no 1º ano vespertino da Escola Evangélica de Carambeí e proporcionou um amplo trabalho junto à turma. A professora Jocieli Aparecida Silva conta como a proposta surgiu, os métodos utilizados e como isso impactou os alunos.

“A diversidade de temas abordados nas aulas do 1º ano proporciona um enriquecimento da aprendizagem global das crianças, facilitando a construção da empatia, da solidariedade e da consciência crítica, favorecendo a mudança de atitude e hábitos para uma vida mais saudável e sustentável. E, nessa turminha, todo assunto vira uma importante roda de conversa. Dessa vez o questionamento lançado pela professora foi o seguinte: ‘qual é o trabalho da criança?’”, destaca a docente.

Jocieli explicou, ao ser indagada sobre a questão, que criança não trabalha, mas precisa ajudar - em casa, na escola, fazendo tarefas que são importantes e que já podem ser realizadas por pessoas dessas faixas etárias. Os exemplos, ainda, seguiram com a opção de lavar a louça, varrer a casa e dobrar as roupas.

“Será mesmo que criança precisa ajudar? Na turma houve alunos que disseram que o ‘trabalho de criança’ era brincar ou estudar; outros, que ajudavam os pais e familiares com pequenas tarefas. A professora explicou que brincar, estudar, passear, ter acesso a cultura e ao lazer, entre outros, são direitos assegurados pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Lei 9.069/1990), mas que nesse importante documento também tem os deveres das crianças e dos adolescentes, como aponta o artigo 6º do ECA”, aponta a professora.

O momento foi riquíssimo, segundo a docente, ao abordar os direitos e deveres. Houve reflexão dos alunos sobre a importância de ajudar, principalmente em casa - desde guardar os brinquedos, passando por colocar e tirar a mesa até mesmo recolher a roupa do varal, entre outras apontadas pela turma. Houve a percepção, também, que ao ajudarem sobre mais tempo para que a família fique. Por fim, desenvolvem habilidades motoras, demonstram solidariedade e respeito com quem cuida da casa.

“Seguindo o assunto, resolvemos treinar sobre essa ‘ajuda’. Em sala, preparamos um circuito com atividades importantes e que conseguem fazer. Colocaram e tiraram roupas do varal, dobraram camisetas, arrumaram a mesa com pratos e talheres e varreram a sala de aula. Deu ‘trabalho’, mas como é bom ajudar. Com essas atividades os alunos puderam perceber, ainda, mais que começar ou continuar cooperando em casa, na escola ou em qualquer lugar, facilita a vida de todos”, conclui Jocieli.

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