Contratação de seguros rurais cresce na região de PG, mostra MAPFRE

Nos últimos anos, a humanidade vivencia episódios climáticos extremos, seja com excesso de chuvas ou seca severa. Em um planeta mais quente a cada ano, em função do aquecimento global, esses fenômenos se tornam mais frequentes e estão virando rotineiros. E não é uma realidade distante: o próprio Paraná teve períodos de grandes secas em 2021, e agora, nos últimos meses, vive o excesso de chuvas. Esses fatores justificam um grande crescimento na busca pelo seguro rural, por parte dos produtores do agronegócio, que buscam a garantia de assegurar sua produção, de modo que não arquem com o prejuízo total em situações mais extremas.

Um dos cases de sucesso na região, na expansão do seguro rural, é a MAPFRE,  maior seguradora do agronegócio do Brasil no âmbito privado, que registrou um crescimento de 76% na contratação de seguro rural para grãos na região de Ponta Grossa, em 2022 na comparação com 2021. Essa alta foi observada na produção dos três principais cultivos agrícolas da região dos Campos Gerais: soja, milho e trigo. “O produtor hoje não quer ficar sem seguro. Ano a ano, a procura aumenta, tanto em áreas seguradas quanto em garantias seguradas”, resume Guilherme Bini, diretor territorial da MAPFRE na região.

Bini detalha que a MAPFRE oferece dois principais produtos para a cobertura na linha agrícola: o primeiro é contra ‘geada e granizo’ e o segundo é o chamado de ‘Colheita Garantida’ que cobre a perda de produtividade da lavoura em decorrência de diversos riscos climáticos, garantindo uma receita mínima ao produtor segurado. Entre eles, houve um crescimento exponencial da primeira  modalidade nos municípios da região, que mais que dobrou o número de contratações em relação ao ano anterior. Enquanto ele cresceu 203% em relação a 2021, o ‘Colheita Garantida’ apresentou um aumento de 35%. 

Hoje, a maior parte das contratações nos Campos Gerais do Paraná ainda se refere à Colheita Garantida, mas esse panorama está mudando, reforça Bini. “No passado, os produtores se preocupavam com a Colheita Garantida, mas por ser um produto que assegura a produtividade, o custo é mais alto. Como a região tem uma produtividade média acima do mercado, por ser muito tecnológica, mesmo que tenha uma intempérie com quebra de safra e a produtividade seja ruim, ele vai colher o mesmo que o mercado produz. Em função disso, eles estão olhando mais o seguro contra granizo e geada, porque além do custo mais barato, se tiver uma geada, há o risco de perder toda a lavoura”, revela.

Independentemente da opção do produtor, o diretor da MAPFRE reforça que o seguro rural vai além de uma necessidade, se tornando um instrumento de proteção, pelos riscos de mercado. “Temos que pensar o produtor rural como um empresário, e a produção é o negócio dele. Da mesma forma que a micro e pequena empresa busca seguro patrimonial para proteger sua estrutura, o produtor rural faz a mesma coisa. Os insumos hoje estão muito mais caros que há dois anos, e estamos vindo de dois anos de quebra de safra. Ele já começa a lavoura com dívida, toma crédito, e se ele se frustrar, tiver uma geada, fica endividado”, revela. De acordo com Bini, em casos de perdas mais graves, o produtor leva três safras para quitar as dívidas, comprometendo completamente as receitas por alguns anos.

Crescimento regional ocorre pela multicanalidade e tradição

Esse forte crescimento da MAPFRE na região é atribuído a uma série de motivos, revela o diretor. “Primeiro que o grande diferencial da MAPFRE é a constância: não ficamos nenhuma safra fora do mercado. E segundo que a MAPFRE é uma companhia multicanais. Hoje fazemos a distribuição do seguro agrícola dentro de bancos, cooperativas e corretores de seguros. Possuímos corretores muito profissionalizados e estamos presentes nas principais cooperativas de produção e crédito da região”, reforça.

Além disso, a empresa tem um histórico global de atuação, com grande tradição, fundada justamente no setor do agronegócio, em 1933, na Espanha, a partir da união de um grupo de proprietários de pequenas áreas agrícolas. Em âmbito nacional, a companhia atua no agro brasileiro há mais de 30 anos. “O produtor rural precisa escolher quem tem solidez, histórico, e não apenas pensar em custo. Às vezes, pode não ser a opção mais barata, mas ter a segurança de uma seguradora de 90 anos, que está na região há muito tempo, e com grandes parcerias, faz toda a diferença. Veja que há relatos de produtores que optaram por outra seguradora e até agora não receberam a indexação da outra safra – o vizinho já recebeu e ele está brigando pelos valores do ano passado”, detalha, explicando que na safra passada a empresa realizou indenizações recordes na região Sul.

MAPFRE possui outros fortes produtos na região

Mais do que proteção agrícola para as safras de verão e inverno, principalmente para a soja, milho e trigo, a MAPFRE também tem grande representatividade de mercado na região em outros dois segmentos: o Seguro Floresta e o Seguro Pecuário. “Temos uma atuação muito grande na região que é do Seguro Floresta, porque há muitas florestas de pínus e eucalipto, devido às empresas de madeira e de papel e celulose”, explica o diretor. No caso das florestas há o risco do vento, que pode derrubar uma faixa com várias árvores, e também de incêndios. Já no Seguro Pecuário, a maior busca na região ocorre especialmente pela produção leiteira. “O outro produto muito importante para a região, que é uma das maiores bacias leiteiras do país, é o seguro Pecuário, com o qual protegemos e garantimos a vaca de leite”, frisa Bini

Os produtos da MAPFRE, contudo, não param por aqui: “Temos o seguro patrimonial rural para máquinas, equipamentos e benfeitorias. A MAPFRE não olha só a produção agrícola, mas o produtor rural como um todo. Desde a casa sede dele, dentro da propriedade, até o barracão onde está o insumo, o silo onde estão grãos máquinas, a plantadeira, colheitadeira, entre outras”, conclui, lembrando que os produtos são voltados para todos os produtores rurais, dos pequenos, com dois ou três talhões, até os grandes proprietários de terras. 

Meta é crescer para os Campos Gerais é crescer acima do mercado

Após o grande crescimento em 2022, em relação a 2021, a MAPFRE segue com incremento nas contratações. “Vamos crescer em torno de 40% neste ano na região no segmento agrícola. E esses são números reais, em função das vendas do milho safrinha e das vendas já feitas do trigo”, diz Bini, já projetando os números da próxima safra. “Estamos, neste momento, na análise para a safra de verão, com muita força na região. Nossa visão é manter a liderança de mercado e crescer acima dele na região”, analisa.