Nissin deverá produzir mais de 3 milhões de pacotes de miojo por dia em PG
Unidades fabricadas nos Campos Gerais também serão exportadas para atender a alta demanda de consumo por macarrão instantâneo
Publicado: 06/03/2025, 20:21

Um documento obtido pela reportagem do Portal aRede e do Jornal da Manhã indica que a nova fábrica da Nissin Foods, em Ponta Grossa, que deve ser a maior da multinacional japonesa, deverá produzir aproximadamente 3,6 milhões de unidades de macarrão instantâneo por dia, entre pacotes e a versão em copos.
A informação consta na Licença Prévia (LP) protocolada pela empresa em novembro do ano passado junto ao Instituto Água e Terra (IAT). Com base na produção indicada no documento, é possível projetar que a indústria construída em Ponta Grossa produza 108 milhões unidades de macarrão instantâneo ao mês e quase 1,3 bilhão de unidades ao ano.
Vale lembrar que a instalação da fábrica no Distrito Industrial Norte integra o plano estratégico de expansão da Nissin Foods e ainda busca atender a alta demanda de consumo por macarrão instantâneo no Brasil. Com isso, parte dos produtos feitos nos Campos Gerais também será encaminhado para exportação.
Outra informação apresentada documento obtido pela reportagem diz respeito às matérias-primas que farão parte da rotina produtiva da indústria alimentícia. Por dia, por exemplo, devem ser utilizadas mais de 211 toneladas de farinha especial, 33 toneladas de insumos para massas e 24 toneladas para tempero, além de cinco toneladas de sal granulado.
Além dos ingredientes utilizados para produção do macarrão instantâneo, a Licença Prévia também indica a utilização diária de duas toneladas de cola para confecção das embalagens. Em protocolo de intenções firmado entre a Nissin Foods e a Prefeitura de Ponta Grossa, a multinacional se compromete a priorizar a aquisição de insumos em Ponta Grossa para garantir a operação industrial.
Outra condição acordada no documento é que a empresa também deverá priorizar a contratação de trabalhadores residentes no município. A previsão é que a fábrica gere mais de 500 empregos diretos. Para a prefeita Elizabeth Schmidt (União), as condições estabelecidas devem beneficiar diretamente o mercado de trabalho e o setor industrial de Ponta Grossa.
“Nossa indústria é a quarta maior do Paraná e fica atrás somente de Araucária, São José dos Pinhais e Curitiba. Com esse investimento da Nissin, acima de R$ 1 bilhão, certamente iremos agregar ainda mais na geração de Valor Adicionado e melhorar nossa participação na distribuição de ICMS”, projeta a prefeita.
OBRAS - Quem passa pela Avenida Senador Flávio Carvalho Guimarães, trecho urbano da PR-151, entre Ponta Grossa e Carambeí, já pode acompanhar o início das obras da fábrica da Nissin. Escavadoras e caminhões começaram a terraplanagem da área de mais de 413 mil metros quadrados.
Mais de um milhão de metros cúbicos de terra devem ser cortados e outros 600 mil m³ aterrados. O início da construção da planta industrial estava previsto para março de 2024, com conclusão e início da operação em 2026. No entanto, os novos prazos seguem em sigilo.