Defesa do médico acusado de matar a mãe contesta pedido de sigilo

O Ministério Público pediu nessa sexta-feira (06) a decretação do sigilo sobre o processo do médico Rafael Nicoluzzi. A informação é do advogado de defesa, Yuri Kozan. O médico é suspeito de ter assassinado a mãe, em Ponta Grossa, no dia 29 de novembro (relembre este caso aqui). 

Conforme o advogado, a defesa irá se opor ao pedido. "Um processo onde a defesa vê a democracia sendo exercida com efetiva participação popular, as pessoas se manifestando livremente a respeito do assunto e acompanhando de perto o desenrolar das investigações, o órgão que deveria representar esta sociedade, pede que a juíza imponha sigilo sobre os autos, tentando esconder alguma coisa. O que exatamente eles estão tentando esconder não sabemos e vamos ter que descobrir", observa Yuri. 

O advogado chama a atenção ao pedido que teria sido feito pela defesa com relação à produção de provas, a extração das imagens das câmeras do prédio e instauração do incidente de insanidade mental, onde não teria havido a manifestação. "Agora, a única coisa que o Ministério Público manifestou nos autos foi sobre a imposição de sigilo ao pretexto de resguardar a dignidade da vítima, porém a defesa discorda disto; a dignidade da vítima estará resguardada na medida em que esse fato, essa tragédia que chocou a população, vier a ser esclarecida em público, e os jurados, que no final do processo serão os competentes para julgar este fato, que são pessoas do povo, têm o direito de desde logo ir se inteirando do processo, tanto através da delegacia, do Ministério Público ou da defesa", destaca Yuri.

Ele frisa que "a defesa discorda desse parecer do Ministério Público, vai se opor ao pedido de decretação desse sigilo para que a sociedade tenha o direito de continuar acompanhando um caso que interessa a todos, porque chocou a todos, e que está sendo de fato acompanhado de perto por toda a população". 

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