Projeto de engenheiro de PG conquista maior aporte do 'Shark Tank' | aRede
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Projeto de engenheiro de PG conquista maior aporte do 'Shark Tank'

Com arquitetura inovadora e sustentável, primeiro parque vertical do mundo será construído em famosa região do Rio Grande do Sul

Torre inovadora de 49 metros de altura foi projetado pelo engenheiro civil Luiz Augusto Junior
Torre inovadora de 49 metros de altura foi projetado pelo engenheiro civil Luiz Augusto Junior -

Matheus Gaston

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O Paradise Vertical Park, empreendimento projetado pelo engenheiro civil e designer de interiores de Ponta Grossa, Luiz Augusto Junior, conquistou o maior aporte da história do programa Shark Tank Brasil. O negócio foi fechado por R$ 15 milhões com o investidor José Carlos Semenzato, um dos jurados do seriado. 

O empreendimento será o primeiro parque vertical do mundo. Com arquitetura inovadora e sustentável, o Paradise Vertical Park será construído estrategicamente na BR-453, em Itati, no Rio Grande do Sul, também conhecida como a Rota do Sol. O local é considerado o maior canal de circulação para a serra gaúcha. 

Em entrevista ao Portal aRede e ao Jornal da Manhã, Luiz Augusto Junior revelou que o projeto teve início de forma inesperada, em uma conversa na internet. O engenheiro fazia parte de um grupo no WhatsApp com mais de 200 pessoas sobre um software que possibilita tours virtuais por projetos arquitetônicos. Lá conheceu Rodrigo, um dos sócios do empreendimento. 

“Isso aconteceu há uns dois anos atrás. O Rodrigo me chamou, contou sobre a empresa dele e falou sobre o Juarez, que tinha um terreno na Rota do Sol e pretendia construir um mirante no local”, explica o engenheiro. Luiz foi convidado para embarcar na ideia, aceitou o convite e começou a evoluir o conceito inicial.

O que antes seria apenas um mirante com vista para os vales e morros da serra gaúcha se transformou no primeiro parque vertical do mundo. O Paradise vai permitir que os visitantes desfrutem de sucos e drinks nas alturas, no bar que será construído no topo da torre. O local ainda contará com opções gastronômicas variadas e lojas comerciais exclusivas. 

Os domos de vidro são outra inovação que o empreendimento apresenta e que permitirá saborear cafés em espaços privativos com vista para as paisagens da Rota do Sol. A torre ainda terá seis pavimentos voltados para história e cultura da região, com direito a espaço de souvenirs temáticos. 

GALERIA DE FOTOS

  • Torre será construída na Rota do Sol, no Rio Grande do Sul.
    Torre será construída na Rota do Sol, no Rio Grande do Sul.
  • Topo terá um bar com sucos e drinks.
    Topo terá um bar com sucos e drinks.
  • 'Escada ao Céu' vai permitir que visitantes se aventurem.
    'Escada ao Céu' vai permitir que visitantes se aventurem.
  • Estrutura terá primeiro escorregador em vidro suspenso do Brasil.
    Estrutura terá primeiro escorregador em vidro suspenso do Brasil.
  • Domos de vidro vão permitir saborear cafés em espaços privativos com vista para as paisagens.
    Domos de vidro vão permitir saborear cafés em espaços privativos com vista para as paisagens.
  • Estrutura terá 49 metros de altura.
    Estrutura terá 49 metros de altura.
  

Os fãs de altura ainda terão a oportunidade de se aventura na primeira tirolesa curvada do mundo. Outra novidade para os aventureiros é o Sky Slide, primeiro escorregador em vidro suspenso do Brasil

CRIAÇÃO - O desenvolvimento do projeto durou cerca de um ano e meio. Uma curiosidade sobre o empreendimento envolve o número sete, apontado como algarismo da sorte. “O projeto tem vários detalhes envolvendo o sete ou seus múltiplos. Por exemplo, a base da estrutura tem sete lados e a altura da torre tem 49 metros”, explica Luiz. 

Os sócios realizaram diversas reuniões para conversar com possíveis fornecedores e discutir o orçamento. Durante o processo, um dos pontos que mais inspirou o engenheiro de Ponta Grossa foi a confiança e perseverança do colega Juarez. “Sempre que tinha alguma reunião, eu falava que o projeto ia dar certo. O Juarez logo me corrigia com um pensamento positivo e dizia que “já deu certo””, destaca Luiz. 

PROGRAMA - Com a ideia e projeto prontos, os sócios do Paradise Vertical Park se mobilizaram para conquistar investidores. Uma das estratégias foi contatar, via rede social, o empresário João Appolinário, que já participou do programa Shark Tank Brasil. 

O grupo conseguiu um retorno do “tubarão”, que os orientou a como inscrever o projeto no seriado. O empreendimento foi avaliado em um processo inicial que envolveu apresentações, cálculos e reuniões. Em seguida, os sócios foram informados que teriam a oportunidade de apresentar a ideia aos investidores do programa. 

“Quando descobrimos que iríamos participar, foi uma correria absurda. Tivemos que organizar todas as informações do projeto, além do material de divulgação”, conta Luiz. O Paradise Vertical Park foi apresentado aos juradores do Shark Tank Brasil e José Carlos Semenzato manifestou interesse em investir na ideia.

O projeto recebeu R$ 15 milhões em aporte, um dos maiores valores da história do programa de televisão. A condição é que 75% do lucro obtido com o negócio seja repassado ao investidor nos primeiros cinco anos ou até que o valor do aporte seja zerado. Os sócios ainda tiveram que se comprometer em realizar diligências completas nos projetos, licenças ambientais e orçamento da operação. 

VÍDEO
Reprodução/Shark Tank Brasil.
Confira o momento em que projeto é aceito pelo investidor José Carlos Semenzato | Autor: Reprodução/Shark Tank Brasil.
  

“Foi uma situação indescritível e sensacional conquistar esse aporte. Demorou para cair a ficha, já que a origem do projeto foi totalmente inusitada”, compartilha Luiz. Após o programa, o grupo teve reuniões de alinhamento e de planos de negócios. Atualmente, o Paradise Vertical Park está na fase de fundação. O engenheiro diz que ainda é cedo para prever a entrega, mas afirma que a ideia do grupo é inaugurar o empreendimento no segundo semestre de 2026

TRAJETÓRIA - Nascido em Jaguariaíva, nos Campos Gerais do Paraná, Luiz Augusto Junior se mudou para Ponta Grossa aos 15 anos, onde firmou suas raízes e também se tornou fã do Operário Ferroviário. Na cidade, fez o ensino médio e cursou Engenharia Civil na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG).

A inspiração para atuar na área veio da mãe, que também é engenheira civil e possui um acervo técnico com inúmeros projetos. “Desde pequeno eu visitava as obras com ela. No começo não gostava, mas depois passei a me interessar”, conta Luiz. Ainda na graduação, começou a expandir sua empresa e auxiliar nos projetos da mãe junto com amigos. 

Luiz se formou em Engenharia Civil na UEPG
Luiz se formou em Engenharia Civil na UEPG |  Foto: Arquivo Pessoal.
  

A parceria permitiu a criação de um portfólio, que foi apresentado a outros arquitetos e designers de Ponta Grossa e ajudou Luiz Augusto a desenvolver novos trabalhos. Hoje, a empresa do engenheiro conta com uma equipe de seis profissionais que, só em 2024, já fecharam 77 projetos. A meta, até o fim do ano, é chegar aos 100 projetos

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