‘Pai de Santo’ alega feitiço e estupra jovem em Ponta Grossa | aRede
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‘Pai de Santo’ alega feitiço e estupra jovem em Ponta Grossa

Suspeito teria dito à vítima que para desfazer os feitiços, precisaria rezar o ‘Pai-Nosso’ durante toda a relação sexual

Agentes de segurança investigam o caso
Agentes de segurança investigam o caso -

Rodolpho Bowens

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Um ‘Pai de Santo’ é suspeito de estuprar uma jovem em Ponta Grossa, alegando que a vítima teria sido enfeitiçada. O caso aconteceu na região do Cará-Cará em duas ocasiões, conforme o Boletim de Ocorrência (B.O.) que o Portal aRede teve acesso. Além da relação sexual, o suspeito teria ejaculado dentro da vítima, de 18 anos. A Polícia Civil do Estado do Paraná (PC/PR) investiga o caso.

Segundo as informações apuradas pela equipe de Jornalismo do Portal aRede, o estupro teria acontecido em duas ocasiões – na última semana e nessa quarta-feira (25). A jovem foi buscar ajuda espiritual com o ‘Pai de Santo’, que teria dito à jovem que ela foi alvo de feitiços e precisaria retornar ao local para uma nova sessão espiritual.

Num novo momento, o Boletim de Ocorrência relata que o homem solicitou que a jovem levasse duas velas para casa e que elas seriam dedicadas a uma entidade. Já na última quarta-feira (25), o ‘Pai de Santo’ pediu que a vítima sentasse numa poltrona reclinável, “deitasse de bruços e baixasse as calças”. O B.O. cita ainda que o homem exigia que a jovem usasse roupas curtas.

POSSÍVEL ESTUPRO – De acordo com o Boletim realizado pela vítima, junto de seus advogados, o ‘Pai de Santo’ teria dito que a relação sexual seria um pedido da entidade. O possível estupro ocorreu sem o uso de preservativo, sendo que o homem teria “ejaculado dentro da vítima”, explica o boletim apresentado à Polícia Civil.

Outra informação revelada ao Portal aRede pela advogada Gabriela Schvaidak Andrade é que o ‘Pai de Santo’ teria dito à vítima que, para desfazer os feitiços, a vítima precisaria rezar o ‘Pai-Nosso’ – oração – durante todo o tempo da relação sexual. Diante dos relatos apresentados às autoridades de segurança, a Polícia Civil investiga a situação.

JUSTIÇA – Em conversa com a equipe de Jornalismo do Portal aRede, Gabriela, que é advogada da vítima, explica que “é um caso revoltante, brutal e inadmissível. Uma pessoa que deveria ser um guia espiritual, acabou se tornando um monstro indescritível. Sentimos como se todas as mulheres tivessem sido violadas”, comenta.

Por fim, Gabriela cita que exige Justiça no caso. “Lutaremos para colocar esse bandido atrás das grades, e por um bom tempo. Esperamos ainda que com esta denúncia, outras vítimas tomem coragem para denunciá-lo, uma vez que já temos informações de que houve mais vítimas”, finaliza a advogada. Além de Gabriela, César Antônio Gasparetto e Willyam Laranjeira representam a jovem.

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