MP denuncia sete acusados do homicídio de casal em PG

O Ministério Público do Estado do Paraná (MPPR) denunciou sete homens pelo assassinato do casal Luiz Arthur Bach Xavier e Rubiane Aparecida Mayer, ocorrido em 30 de setembro de 2023, em Ponta Grossa. O crime, segundo a denúncia, teria sido motivado por um acerto de contas, envolvendo a crença de que uma das vítimas seria informante da polícia e teria se envolvido com a companheira de um dos acusados.

Segundo os advogados Fernando Madureira e Tiago de Almeida Gomes, que representam os familiares das vítimas, os réus foram acusados de duplo homicídio qualificado por cinco circunstâncias: motivo fútil, meio cruel, uso de recurso que dificultou a defesa das vítimas, emprego de arma de fogo de uso restrito e mediante pagamento. Madureira afirmou que este crime bárbaro, que ceifou a vida de um jovem casal, não pode ficar impune e que os réus devem ser condenados a mais de 30 anos de reclusão em regime fechado.

Os acusados, identificados como Gilmar Tobias Ribeiro, Paulo Henrique Derkacz, Gabriel Gusso Rodrigues, Weslley Acir Malaquias, Jean Francis Almeida Prado, Erick Nunes Cardoso e Liédson Darzot, foram denunciados por duplo homicídio qualificado por motivo fútil, meio cruel, uso de recurso que dificultou a defesa das vítimas, emprego de arma de fogo de uso restrito e mediante pagamento; Paulo Henrique é o único acusado que segue foragido.

DETALHES - De acordo com a denúncia obtida pelo Portal aRede e Jornal da Manhâ, o crime foi planejado e executado com crueldade. As vítimas, que estavam dormindo no momento do ataque, foram surpreendidas pelos atiradores e atingidas por múltiplos disparos de arma de fogo. Luiz Arthur foi alvejado por pelo menos 14 tiros, enquanto Rubiane foi atingida por quatro disparos.

As investigações apontaram que o crime foi orquestrado por Gilmar e Paulo Henrique, que teriam contratado os outros cinco acusados para executar o casal. Gabriel Gusso Rodrigues teria sido o responsável pela logística do crime e pelo recrutamento dos executores, enquanto Weslley, Jean, Erick e Liédson teriam sido os responsáveis por efetuar os disparos.

A denúncia do MPPR revela ainda que os acusados teriam recebido valores que variam entre R$ 140 e R$ 400 pela execução do crime. O caso segue sob análise da 2ª Vara Criminal de Ponta Grossa, que determinou a citação dos acusados para que apresentem defesa em dez dias.