Paróquia na Amazônia é administrada pela Diocese de Ponta Grossa
Paróquia São João Batista – administrada por padres da Diocese de Ponta Grossa - promove nove dias de festa, com missas, novenas, procissão e arraial, todas as noites, na praça em frente à matriz
Publicado: 27/06/2024, 05:00
Festividades trazidas para o Brasil pelos colonizadores portugueses, as festas juninas celebram neste mês três grandes santos da Igreja: Santo Antônio (dia 13), São João Batista (dia 24) e São Pedro (dia 29). Nas noites iluminadas pelas fogueiras, decoradas por bandeirolas multicoloridas convidam, sim, à tradição dos festejos, mas também inspiram a todo cristão católico pelo testemunho da vida dos santos juninos, suas histórias de fé e milagres. Pela Diocese, são muitas as paróquias que se esmeram em festas repletas de espiritualidade e alegria.
Em Canutama, na Prelazia de Lábrea (AM), a Paróquia São João Batista – administrada por padres da Diocese de Ponta Grossa - promove nove dias de festa, com missas, novenas, procissão e arraial, todas as noites, na praça em frente à matriz. No encerramento, dia 24, foi feriado municipal. São João Batista é também padroeiro da cidade. A missa solene, às 18 horas, foi celebrada pelo bispo Dom Santiago Sànchez Sebastian e concelebrada pelo pároco, padre Fábio Sejanoski. “Durante a novena, refletimos sobre o tema ‘Com São João Batista sermos uma Igreja comprometida com a missão’. Desde a assembleia paroquial, no começo do ano, a palavra que rodeia as nossas ações é ‘comprometimento’. Aqui, é terra de missão. Por isso, o principal comprometimento tem que ser com a missão, como Igreja, como Povo de Deus”, comentou o pároco.
De acordo com padre Fábio, nos nove dias da festa estiveram envolvidos paroquianos das comunidades da cidade. “Todos os dias, duas comunidades cuidavam da liturgia, traziam ministros, coroinhas, leitores, cantores e o pessoal da acolhida. Uma ou outra pastoral ficava responsável pelo arraial, que é a parte social da festa, realizada sempre após a missa, na praça em frente da igreja. Dos dez dias celebrativos, em oito teve arraial. Momentos de confraternização, onde a prioridade é fazer com que famílias se encontrassem, crianças tivessem lugar sadio para se divertir, com lanches, música tradicionais da região, atrações culturais, show de talentos, adulto e infantil, apresentando canções sacras e seculares, além de concurso de dança e gincana cultural, realizada em parceria com a prefeitura. Nas provas, questões que remetiam a história da Igreja, da paróquia e da evangelização. Também tivemos concurso da rainha e princesa dos festejos e apresentação de quadrilhas, o ponto marcante da festa, depois da oração e espiritualidade”, detalhou.
Padre Fábio contou que uma quadrilha de Lábrea e uma ciranda de Tapauá se apresentaram. “Um destaque cultural com as danças coreografias, figurinos, adereços, caracterização das equipes e que traziam história. Uma delas falava da história das lendas da Amazônia, outra a história de fé de Canutama e de São João Batista”, exemplificou o pároco, citando que, no último dia, houve um 'bingão' para arrecadar fundos para a missão.
Um dos pontos principais da festa é a procissão com a imagem de São João Batista. Reúne centenas de pessoas, muitos pagadores de promessas. Por a história da cidade estar muito ligada à devoção ao santo, durante as missas, os devotos ficam aos pés da imagem, agradecendo e pedindo graças. “Este ano, a imagem peregrina de Nossa Senhora de Nazaré - que saiu de Lábrea e já passou por Tapauá - participou dos festejos. As duas imagens estiveram juntas na procissão. Foi muito bonita. Uma manifestação de fé de todos. A participação foi muito boa nas novenas e no arraial. Vieram barcos de Lábrea, Belo Monte, Foz do Tapauá, com gente peregrinando de Porto Velho, Manaus e Humaitá. Uma festa tradicional e que movimenta toda a região e o comércio, pousadas, vendedores ambulantes de lanches e de artesanato da cidade. Momento de louvar a Deus através de seu padroeiro, São João Batista, levando uma meditação e o convite ao compromisso com a missão, através das novenas e oferecendo a oportunidade de as pessoas se encontrarem, se alegrarem, se divertirem, conviverem. E as pastorais tiveram a graça de servir, trabalhando para o bem do povo e da paróquia”, frisou o padre.
O bispo Dom Santiago participou do tríduo e da missa solene do dia do padroeiro. “São João Batista fazia batismos. Era costume que ocorressem muitos batismos nestes dias de festa. Estamos, agora, em outra dinâmica para que a participação seja de fato religiosa e para que se valorize a questão cultural e folclórica. Quadrilhas, cirandas, heranças que tenham referência cultural com o povo dali. Este ano, uma das quadrilhas fez referência ao centenário da Prelazia. Houve uma participação muito bonita das pastorais, uma procissão simples e muito participativa. A imagem peregrina de Nossa Senhora de Nazaré está percorrendo toda a prelazia nos tempos dos festejos de cada paróquia, como elo de união desse tempo de centenário”, enfatizou o bispo. A imagem peregrina passará em cada comunidade da paróquia da cidade e, nas últimas semanas, passará pelas comunidades ribeirinhas para ser entregue a Pauini, que terá seus festejos em honra a Santo Agostinho, no final de agosto.
Com informações da assessoria de imprensa.