Mãe que mantinha filha em cárcere privado é presa em PG
Mulher de 30 anos é portadora de necessidades especiais e estava desnutrida; mãe tem 50 anos e é suspeita de maus tratos
Publicado: 10/06/2024, 10:42
Está presa em Ponta Grossa a mãe que mantinha em cárcere privado a filha portadora de necessidades especiais.
Conforme a Polícia Civil, no dia 02 de junho (domingo), na região da Vila Nova, uma mulher (30 anos), portadora de necessidades especiais, foi vista perambulando pela rua, o que gerou denúncias por parte dos moradores.
As autoridades policiais compareceram ao local e levantaram que a moça havia escapado de uma residência próxima. Na casa, verificaram o estado extremo de abandono em que ela vivia, sendo um ambiente insalubre. A vítima apresentava severo estado de desnutrição.
Conforme os policiais, a moça, já no interior casa, chegou a pegar fezes que estavam no chão para comer, isto, diante das pessoas que ali se encontravam no momento da abordagem.
A vítima foi imediatamente encaminhada pelo Samu para atendimento médico e permanece internada.
O boletim de ocorrência sobre estes fatos foi encaminhado para Delegacia da Mulher, onde uma investigação minuciosa foi realizada pela equipe, sendo levantado que a mãe desta jovem, uma mulher de 50 anos, por vezes manteria a filha amarrada e sem nenhuma alimentação.
Uma denúncia anônima informou que a moça ficaria acorrentada e que era agredida fisicamente.
A mãe construiu um muro alto na frente da residência, provavelmente para que ninguém visse o que se passava no local.
O estado crítico de saúde apresentado pela jovem, visivelmente subnutrida, chocou até policiais mais experientes da delegacia, conforme a autoridade policial.
Diante da gravidade do crime praticado e das provas trazidas aos autos, a delegada Cláudia Kruger, da Delegacia da Mulher, representou pela prisão preventiva desta mãe, sendo a ordem prisional rapidamente deferida pela justiça.
A investigada já está presa, permanecendo a disposição da justiça, sendo enquadrada no crime de cárcere privado, agravado pelo fato da vítima ser familiar, também pelo tempo do crime e ainda, pelo grave sofrimento físico causado à vítima em razão dos maus tratos praticados.
Confira abaixo o vídeo da delegada Cláudia Kruger.
Das Assessorias