Com investimentos de R$ 3 bi, Maltaria é inaugurada nesta quinta

A inauguração da Maltaria Campos Gerais acontece nesta quinta-feira (6), a partir das 9h30, em Ponta Grossa. Com investimentos totais que somam aproximadamente R$ 3 bilhões, a fábrica foi construída às margens da rodovia PR-151 e deverá produzir 240 mil toneladas de cevada por ano - volume que corresponde à cerca de 15% da demanda do mercado nacional.

A cerimônia terá a participação do governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior, e de autoridades da Agrária, cooperativa que lidera o desenvolvimento da Maltaria, como Jeferson Caus, superintendente de Negócios, e Rodrigo Lass, gerente de Estratégia Corporativa e Marketing. Outras lideranças municipais, regionais e estaduais também devem marcar presença no evento. 

A Maltaria Campos Gerais é resultado de uma parceria entre seis cooperativas: Agrária (Guarapuava), Bom Jesus (Lapa), Capal (Arapoti), Castrolanda (Castro), Coopagrícola (Ponta Grossa) e Frísia (Carambeí). A previsão é que o empreendimento gere 150 vagas de empregos diretas e três mil indiretas na região. 

De acordo com Jeferson Caus, a Maltaria representa um avanço na cadeia de produção de cerveja e de cevada em escala estadual e nacional e se tornará uma referência para o negócio do malte. Com a inauguração do empreendimento, estima-se que 5 de cada 10 cervejas brasileiras passem a contar com o malte do Paraná.

“Daremos um passo muito grande para estabelecer uma soberania no fornecimento de malte nacional. Com a Maltaria, poderemos dizer que o Paraná será responsável pelo fornecimento de aproximadamente metade de todo o malte consumido no Brasil”, diz o superintendente. 

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2022, o Brasil produziu quase 522 mil toneladas de cevada. Desse total, 360 mil toneladas são do Paraná, considerado o maior produtor no período.

Com a Maltaria Campos Gerais, a maior da América Latina, a expectativa é que haja um aumento na área de plantio em Ponta Grossa, de 31,7 mil para 35 mil hectares. Com isso, a região deve assumir a liderança na produção de cevada no estado. 

De acordo com Jeferson Caus, o clima e o solo da região favorecem o plantio e produção do grão. Ainda segundo o superintendente, o potencial logístico de Ponta Grossa foi determinante na escolha do local para a construção da Maltaria. A cidade é considerada um dos maiores entroncamentos rodoviários do Sul do Brasil. 

“A cidade foi completamente estratégica para a concepção do projeto. Não só pelo lado logístico, mas pela aptidão para a produção de cevada. Ponta Grossa se completou e se tornou nosso 'plano A'”, ressalta.

O superintendente de Negócios acredita que a Maltaria representa uma nova possibilidade para os produtores rurais dos Campos Gerais. “A cevada pode propiciar aos produtores da região uma oportunidade de diversificação do seu negócio", projeta Caus.

A primeira etapa do projeto teve investimentos de R$ 1,6 bilhão. Já a segunda fase do negócio, que prevê a expansão da produção, deve envolver mais R$ 1,5 bilhão. No entanto, ainda não há data prevista para que isso aconteça.