Caso Maria: advogado destaca indiciamento de acusado
Fernando Madureira, que representa a família da vítima, definiu o homem como um "criminoso covarde" e aponta necessidade de condenação justa
Publicado: 01/03/2024, 11:00
Após a Polícia Civil indiciar o suspeito de matar Maria da Luz Alípio pelo crime de feminicídio, com as agravantes de impossibilidade de defesa da vítima e motivo fútil, o advogado que representa a família da vítima de 51 anos comentou o fim das investigações e a necessidade de uma condenação justa ao acusado que segue preso na Cadeia Pública Hildebrando de Souza, em Ponta Grossa.
"O acusado foi denunciado por homicídio triplamente qualificado, por ter cometido o crime mediante asfixia, por feminicídio por que o crime foi praticado contra a vítima por razões da condição de sexo feminino, e por motivo torpe, uma vez que o assassinato ocorreu por que o réu se sentia desprezado pelos familiares da vítima que não aprovavam a relação com o denunciado. E ainda o réu responde por furto, por subtrair a motocicleta de propriedade da vítima", destaca Madureira, que definiu o homem como um "criminoso covarde".
"Ele estrangulou a vítima sem dar qualquer chance de defesa, deixando quatro filhos órfãos de mãe, é um bandido perigoso que não respeita a vida alheia, principalmente as mulheres, pois já responde a processo por ameaçar sua anterior companheira, merecendo assim continuar preso", frisa o advogado.
INVESTIGAÇÃO - Segundo a Polícia Civil, as investigações encerradas nesta semana apontaram que o indiciado era o namorado da vítima e a estrangulou até a morte, sem que Maria tivesse qualquer chance de defesa. A Polícia diz que o crime foi supostamente motivado pelo sentimento de desprezo que os familiares da mulher nutriam por ele.
Após estrangular a vítima, o suspeitou encaminhou uma mensagem de áudio para os familiares de Maria da Luz. Ele tentou fugir e mobilizou equipes policiais da região. No entanto, o investigado acabou sendo preso na cidade de São Mateus do Sul, a 122km de Ponta Grossa, dois dias depois do crime.