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Egresso da UEPG é nomeado árbitro da ONU em Direito do Mar

Apenas advogados com notório saber jurídico no mundo são indicados ao cargo

Atualmente, Wagner atua como jurista e professor na Universidade de São Paulo (USP)
Atualmente, Wagner atua como jurista e professor na Universidade de São Paulo (USP) -

Publicado Por João Iansen

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Alma Mater. Wagner Menezes sabe bem o que significa a expressão, quando se refere à Universidade Estadual de ponta Grossa. Egresso do curso de Direito, ele levará, mais uma vez, o nome da instituição para o mundo: em janeiro deste ano, ele foi nomeado árbitro na Organização das Nações Unidas (ONU), com foco em resoluções em Direito do Mar. Atualmente jurista e professor na Universidade de São Paulo (USP), ele ressalta a importância da formação na primeira casa, sua Alma Mater, a UEPG.

Apenas advogados com notório saber jurídico no mundo são indicados ao cargo. “Estar no quadro de árbitros, para dirimir controvérsias entre Estados sobre assuntos do Mar, é uma grande honra”, conta. A missão que foi confiada a Wagner traz responsabilidade e comprometimentos éticos com o ideal de justiça, segundo explica. “Meu trabalho pode contribuir com a paz mundial e com o uso sustentável dos espaços marítimos e, por conseguinte, com a preservação da vida no planeta e seu destino”. Para ele, poder expressar o Direito em um foro sofisticado, com jurisdição conferida pela comunidade internacional, é a realização máxima da sua carreira jurídica.

A UEPG construiu a concepção do egresso sobre o sistema jurídico. “Ela despertou em mim paixão pelo Direito e o desenvolvimento dos compromissos éticos, com os ideais de justiça que marcam minha atuação”. Graduado em 1994, as lembranças da instituição ainda estão vivas na memória, com carinho especial pela Biblioteca, onde fez estágio nos primeiros anos do curso e lhe deu a oportunidade de mergulhar em livros. Ele também lembra dos seus professores, que hoje tem como amigos; do programa pedagógico do curso; e do Centro Acadêmico Carvalho Santos do Curso de Direito (Cacs), “instituição que fui presidente e me permitiu aprender a organizar eventos e dialogar com diferentes instâncias políticas da Universidade. Lembro do Auditório da Reitoria, das salas de aula e do piso quadriculado do corredor, que acompanham sempre minha memória”, recorda.

A ONU já é conhecida na rotina de trabalho de Wagner, que foi consultor jurídico no programa de combate à pirataria no mar, tráfico de drogas e armas. “Eu tinha missões específicas de auxiliar Estados vulneráveis a enfrentar e combater juridicamente desafios, como a pirataria no mar, tráfico de drogas e armas, corrupção, atividades que impactam fortemente na economia mundial, na democracia e na liberdade”, conta. A nova atribuição envolve resolver controvérsias no uso dos espaços marítimos, como questões ambientais, econômicas, conflitos armados, comércio, pesca, entre outros temas.

CONSELHO - E para quem quer seguir o mesmo caminho? Wagner aconselha a estudar a teoria do Direito. “Conhecer seus conceitos e fundamentos com dedicação e seriedade, ler tudo que puder e vivenciar cada disciplina do curso, cada oportunidade que a faculdade lhe dá nos grupos de pesquisa, bolsas, iniciação científica, cursos e eventos, com a consciência de que é durante o curso que se forma o profissional e não depois, quando termina”. Estudar outros idiomas e se atentar às tendências do Direito também são dicas que deixa aos acadêmicos. “O jurista de hoje precisa pensar o sistema jurídico globalmente de forma multinível, dominando o conhecimento e diálogo de diferentes campos em uma perspectiva transversal, inter e transdisciplinar”, afirmou.

Com informações da assessoria.

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