Vice-presidente da Câmara é contra pagamento à VCG | aRede
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Vice-presidente da Câmara é contra pagamento à VCG

A Prefeitura de Ponta Grossa afirmou que o pedido será analisado cuidadosamente pela Procuradoria-Geral do Município

Empresa notificou a Prefeitura ainda no inicio do mês
Empresa notificou a Prefeitura ainda no inicio do mês -

Heryvelton Martins

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O vice-presidente da Câmara de Vereadores de Ponta Grossa, Daniel Milla (PSD), manifestou-se sobre o pedido de reequilíbrio financeiro da Viação Campos Gerais em relação aos últimos 20 anos de serviço prestado ao município. Segundo o parlamentar, a questão vai além de simplesmente pagar à empresa, uma vez que os R$ 277 milhões teriam que sair dos cofres públicos para entrar na receita da concessionária. "Esse valor equivale a um ano de investimento na saúde, sendo necessário investigar minuciosamente esses dados antes de efetuar qualquer pagamento", afirmou Milla em entrevista ao Portal aRede e Jornal da Manhã.

O vereador ainda ressaltou ser totalmente contrário a qualquer tipo de pagamento à Viação Campos Gerais (VCG). Ele argumenta que a empresa sempre apresentava um valor para a tarifa, a prefeitura reduzia o montante e eles aprovavam o pagamento, mesmo ficando abaixo da tarifa técnica do transporte coletivo de Ponta Grossa. "Entre todas as gestões, a da prefeita Elizabeth Mita é a que está mais correta em relação aos repasses e subsídios ao transporte coletivo", afirmou Milla, destacando que Elizabeth vai trabalhar para encontrar um resultado positivo sobre o caso..

“A empresa está cumprindo o seu papel de cobrar o município, que por sua vez deve comprovar com todos os documentos antes de efetuar qualquer pagamento”, destacou ele. Segundo o parlamentar, é necessário haver uma discussão por um longo tempo para encontrar onde foi o erro, já que ele defende que nenhuma empresa conseguiria se sustentar com R$ 277 milhões de déficit nas contas. “Se a empresa obteve recursos de outras fontes, é necessário investigar a origem desses recursos”, questiona Milla sobre as contas da empresa nos últimos 20 anos de concessão na cidade de Ponta Grossa.

VALOR- Segundo a concessionária, ao longo do contrato, teria dificuldades financeiras devido a uma tarifa abaixo do valor estipulado. Conforme os cálculos apresentados, o déficit tarifário entre 2022 e 2023 foi de R$ 1,50 por passagem, o que significa que a empresa estaria perdendo esse valor a cada vez que alguém utilizava o transporte coletivo pagando R$ 5,50 na época. Essa situação teria se repetido ao longo do contrato, com variações nos valores das tarifas.

Além disso, a VCG também alega que o valor pago por quilômetro estava abaixo do devido. Segundo a empresa, tanto o custo total da quilometragem quanto o Índice de Passageiros Transportados por Quilômetro (IPK) não eram suficientes e regulares para sustentar o contrato. Ao longo do tempo, a concessionária afirma ter recebido menos do que o valor devido nesse aspecto, o que contribuiu para o desequilíbrio financeiro.

A Prefeitura de Ponta Grossa afirmou que o pedido será analisado cuidadosamente pela Procuradoria-Geral do Município. Além disso, a administração municipal afirmou não descartar a possibilidade de contratar uma auditoria para apurar a regularidade das contas apresentadas pela Viação Campos Gerais. Vale ressaltar que existem outras ações judiciais em tramitação relacionadas ao mesmo assunto, algo que a Prefeitura defende que deve ser considerado e tratados em conjunto, nas esferas competentes.

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