Vereadores criticam Passos por renunciar cargo na Câmara de PG
Coletivo e Geraldo Stocco fizeram críticas a decisão do então vereador em abdicar do cargo após pedido de cassação
Publicado: 14/12/2023, 16:56
O Mandato Coletivo do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) da Câmara de Vereadores de Ponta Grossa se manifestou após o Portal aRede divulgar com exclusividade a informação de que Felipe Passos (PSDB) iria renunciar ao cargo após a Comissão Parlamentar Processante (CPP) emitir parecer favorável quanto a sua cassação na Casa. A denúncia, feita pelos vereadores Josi do Coletivo (PSOL) e Geraldo Stocco (PV), afirma que o então vereador teria uma quebra de decoro parlamentar após ser citado em denúncias de assédio e 'rachadinha', conforme o texto da denúncia.
“As provas produzidos na Comissão Processante que analisou o pedido de cassação que apresentamos em conjunto com o Geraldo Stocco resultaram em um relatório muito consistente, que acatou as apresentadas”, afirmou o integrante do mandato coletivo de Ponta Grossa, João Luiz Stefaniak. O grupo argumenta que o vereador deveria ter informado a renúncia do cargo logo após tee sido condenado pela Justiça Criminal, o que não ocorreu há época. “Ficou insustentável a presença de um vereador condenado por assédio sexual e por 'rachadinha' na Câmara Municipal. A população se revoltou com a situação”, disse a porta-voz do mandato coletivo, Josi Kieras.
O vereador Geraldo Stocco (PV) usou suas redes sociais para também expor seu descontentamento com a decisão do então vereador Felipe Passos de renunciar ao cargo na Casa. No Twitter/X Stocco comparou Passos com o ex-presidente Collor, ao afirmar que ambos "renunciaram seus mandatos como confissões de culpa para não perder seus direitos políticos".
RENÚNCIA - Um dia depois da Comissão Parlamentar Processante (CPP) confirmar que o relatório final da investigação irá pedir a cassação do vereador Felipe Passos (PSDB), os advogados do parlamentar, Herculano Filho e Fernando Madureira anunciaram, em entrevista ao Portal aRede nesta quinta-feira (14), que Felipe irá renunciar ao mandato na Câmara Municipal de Ponta Grossa.
A possibilidade de renúncia havia sido levantada pelo próprio vereador no início do processo, visto que, em 2022, uma tentativa de abertura de CPP na Câmara acabou frustrada; na época, Passos disse, em vídeo publicado nas redes sociais, que renunciaria caso ele fosse condenado. Investigado pelo Ministério Público do Paraná (MP) pelos crimes de ‘rachadinha’ e assédio sexual, o parlamentar foi condenado em decisão que ainda cabe recurso — o que já foi feito pela defesa.