Homem que matou cinco pessoas da mesma família é preso em PG
Rafael Conrado estava dirigindo sob efeito de álcool e colidiu contra outros veículos; entre as vítimas estavam crianças de seis e 11 anos
Publicado: 08/12/2023, 14:50
Foi preso na última quinta-feira (7), Rafael Conrado, condenado a 16 anos de reclusão por ter matado cinco pessoas da mesma família num gravíssimo acidente registrado ainda em 2014, em Ponta Grossa. Na ocasião, ele estava dirigindo um caminhão sob o efeito de álcool, quando colidiu contra outros veículos e vitimou todas as pessoas que estavam num carro. A ordem de prisão foi expedida pela Justiça.
Em conversa com o Portal aRede, o advogado Fernando Madureira, que representa a família das vítimas, disse que "embora a lei penal no Brasil seja frouxa, os familiares das vítimas podem ter um pouco de paz por saberem que finalmente o 'assassino do volante', que matou seus entes queridos, se encontra atrás das grades". Além de Madureira, Angelo Pilatti Junior atuou como assistente de acusação representando os familiares.
O caminhoneiro foi levado a júri popular, em 25 de abril de 2019, sendo condenado a 16 anos de prisão em regime fechado. A defesa de Rafael interpôs recurso de apelação, com o objetivo de anular o julgamento ou reduzir a pena do seu cliente. Por fim, o Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJ/PR) julgou improcedente o recurso interposto e manteve a condenação de 16 anos - a decisão foi proferida pelo Tribunal do Júri de Ponta Grossa.
RELEMBRE O CASO - Em 3 de agosto de 2014, às 21h50, Rafael conduzia um caminhão Scania pela BR-376, sentido Curitiba, próximo à região do 'Contorno'. Ficou constatado que ele dirigia em alta velocidade para o trecho, quando atingiu um caminhão Volvo. Na sequência, ele atravessou o canteiro central e se acidentou frontalmente com outros dois veículos - um carro Citroën e outro caminhão Volvo.
Diante da grave colisão, todos os ocupantes do Citroën entraram em óbito: Clayre Suelen Machado Madureira, de 31 anos, Eduardo Gomes Madureira, de seis anos, Maria Sirley Machado, de 62 anos, Leônidas Machado, de 63 anos, e Gabriele Machado Scheifer, de 11 anos. Após os laudos periciais, as vítimas tiveram politraumatismo, o que se constituiu na causa dos óbitos.