Arrecadação de ICMS cresce quase R$ 200 mi na região em 2023
Total recolhido com o imposto estadual nos 10 meses deste ano alcançou a marca de R$ 1,73 bilhão, valor que é 12,1% superior ao total de R$ 1,54 bi alcançado no mesmo período em 2022
Publicado: 08/11/2023, 18:09
Os municípios da região dos Campos Gerais mantêm o crescimento na arrecadação de impostos estaduais no decorrer deste ano de 2023. Somados os valores recolhidos nos 10 meses do ano, apenas em ICMS, junto aos 22 municípios que compõem a Delegacia Regional da Receita Estadual em Ponta Grossa (3ª DRR), o total arrecadado atingiu R$ 1,73 bilhão. Esse valor é superior em 12,1% o total recolhido no mesmo período em 2022, quando alcançou R$ 1,54 bilhão. Em valores, representa um crescimento de R$ 187,4 milhões recolhidos.
Na comparação com 2021, por exemplo, o valor arrecadado na região já ultrapassou o total recolhido durante todo o ano fiscal, que somou R$ 1,58 bilhão. Apenas por motivos de comparação, no acumulado do ano, em relação a 2020, o ano da pandemia, o crescimento foi de R$ 82%; e de 77,1% em relação ao período pré-pandemia (R$ 1,73 bilhão contra R$ 979 milhões, em 2019). Já quando a comparação se refere ao período mensal, somente no mês de outubro, por exemplo, o total arrecadado junto aos 22 municípios somou R$ 183,8 milhões, montante que supera em 11,3% o total recolhido no mesmo mês em 2022 (R$ 165 milhões).
Na avaliação da Delegada da Receita Estadual em Ponta Grossa, Audrey Grubba, o incremento na arrecadação do ICMS na região, em relação a 2021 e 2022, deve-se a uma combinação de fatores, tanto no âmbito econômico. “Isso ocorre pelo bom desempenho das empresas estabelecidas na região, mas também é o resultado de vários projetos de fiscalização desenvolvidos pelo fisco estadual. Esses projetos são diversificados, mas residem, em síntese, no controle às atividades desenvolvidas pelos contribuintes, entre grandes e médias empresas, da região”, explica. Segundo ela, esses projetos foram desenvolvidos tanto no âmbito da Delegacia Regional dos Campos Gerais (3ª DRR - Ponta Grossa), quanto elaborados pela Inspetoria Geral de Fiscalização, da administração central, em Curitiba.
Municípios
Entre as 22 cidades, 18 ampliaram os valores recolhidos, sendo Ponta Grossa o município líder em arrecadação. Somente a cidade foi responsável por recolher R$ 1,05 bilhão em ICMS aos cofres estaduais até outubro. Ela é seguida por Ortigueira, que alcançou um valor de R$ 130,6 milhões arrecadados. Em termos de crescimento nominal, Ortigueira teve a maior alta, com um incremento de R$ 31,7 milhões nos valores obtidos, deixando Ponta Grossa na segunda colocação, com um total de R$ 28 milhões arrecadados a mais que no mesmo período em 2022. Castro é a terceira cidade que mais arrecada na região, com R$ 97,2 milhões, município que também teve o terceiro maior crescimento em valores, de R$ 27,3 milhões sobre 2022. Já em termos percentuais, Porto Amazonas liderou a alta: impulsionada pelo início das operações da indústria PremierPet, a arrecadação cresceu 229% ao passar de R$ 10,8 milhões para R$ 35,8 milhões.
Setor de bebidas lidera no recolhimento
O segmento que mais gera dividendos em ICMS ao Estado é o setor de bebidas. Só ele foi rendeu R$ 435 milhões aos cofres da Secretaria de Estado da Fazenda, valor que representa 25% (ou um quarto) do total recolhido. Na segunda colocação aparece o setor papeleiro, com R$ 195 milhões, o que corresponde a 11,1% do total regional, ao passo que na terceira colocação aparece o ramo químico, com R$ 157,9 milhões – ou 9% do total. A maior evolução de valores foi do setor papeleiro, com crescimento de R$ 41,2 milhões na arrecadação, seguido pelo setor de bebidas, com alta de R$ 29,5 milhões.
Abrangência
A delegacia regional da Receita Estadual abrange os seguintes municípios: Arapoti, Cândido de Abreu, Carambeí, Castro, Curiúva, Guamiranga, Imbaú, Imbituva, Ipiranga, Ivaí, Jaguariaíva, Ortigueira, Palmeira, Piraí do Sul, Ponta Grossa, Porto Amazonas, Reserva, Sapopema, Sengés, Telêmaco Borba, Tibagi, Ventania.