Mãe investigada por maus-tratos pode pegar até seis anos de prisão | aRede
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Mãe investigada por maus-tratos pode pegar até seis anos de prisão

Informação foi confirmada pela delegada Ana Paula Cunha, responsável pelas investigações do caso envolvendo uma criança autista, em entrevista nesta quarta

Delegada deu detalhes sobre o andamento das investigações
Delegada deu detalhes sobre o andamento das investigações -

Sebastião Neto

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Após a confirmação de que a mãe de um menino com o Transtorno do Espectro Autista (TEA) foi indiciada pela Polícia Civil de Ponta Grossa por maus-tratos e injúria (que juntos podem somar pena de até seis anos de reclusão), a delegada Ana Paula Cunha Carvalho, responsável pelas investigações e do titular do Núcleo de Combate a Crimes contra a Infância e Adolescência (Nucria), concedeu entrevista exclusiva ao Portal aRede e Jornal da Manhã nesta quarta-feira (1º) para dar detalhes sobre as investigações e os próximos passos do caso.

A delegada, que colheu depoimentos e avançou nas investigações durante as últimas duas semanas, destacou que o conjunto de fatos trazidos ao longo do processo e também o próprio depoimento da criança, que tem 11 anos e foi ouvida pelo setor de psicologia da Polícia Civil, foram decisivos para elucidar o caso. “A criança confirmou que sofre agressões, mas não conseguiu confirmar, até pelas dificuldades dele, em que momento elas teriam ocorrido”, explica Ana Paula.

No entanto, a titular do Nucria explica que, na finalização do processo, ainda não foi possível o indiciamento da mãe – que é odontopediatra - pelo crime de agressão. “Todas as testemunhas que nós ouvimos são auditivas e, por mais que os vídeos publicados sugiram quem existam agressões, não é possível comprovar se naquele dia, em que houve o registro dos vizinhos, existiu de fato uma agressão”, destaca.

Outro fato que dificultou o trabalho da Polícia e acendeu um novo alerta sobre o caso foi a ausência da criança em exame de corpo de delito agendado no Instituto Médico Legal (IML). “O pai foi informado sobre a expedição da guia e a data do exame, porém a vítima não foi levada. Os advogados alegaram que a criança estava em surto no dia previsto, no entanto só informaram a Polícia uma semana após a situação”, poderá a delegada.

Penas

Nos próximos dias, todo o inquérito policial será enviado ao Ministério Público do Paraná (MP) e o órgão decidirá pelo acolhimento ou não da denúncia contra a investigada. “Se o MP entender que há realmente indícios de autoria e maternidade desses crimes, ou até mesmo de outros, já que haver um entendimento diferente do meu, o Ministério Público oferece a denúncia ao juiz”, detalha Ana Paula. No caso dos crimes de maus-tratos e injúria, denunciados pela Polícia Civil no processo, a pena pode chegar a até seis anos de prisão. O Portal aRede procurou, ainda na noite desta terça-feira (31), os advogados dos pais da criança para comentar sobre o indiciamento: ambos não se manifestaram em relação ao caso.

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