Vereadores de PG aprovam abertura de CPP contra Passos

Por 15 votos a 2, os vereadores de Ponta Grossa aprovaram nesta segunda-feira (9) o pedido de abertura da Comissão Parlamentar Processante (CPP) contra o vereador Felipe Passos (PSDB), condenado em primeira instância na Justiça pelos crimes de ‘rachadinha’ e assédio sexual.  Além da abertura da CPP, já foram definidos os parlamentares que irão liderar as investigações sobre o caso na Câmara Municipal: Leo Farmacêutico (PV), Divo (PSD) e Missionária Adriana (Solidariedade).

A análise do pedido de abertura da CPP contra Felipe Passos começou com os pronunciamentos dos vereadores Geraldo Stocco (PV) e Josi do Coletivo (Psol), autores da denúncia contra o parlamentar, e também do advogado Herculano de Abreu Filho – um dos responsáveis pela defesa de Passos.  Na sequência, foram empossados os suplentes Paulo Sérgio (PSDB), Professor Ricardo (Psol) e Márcio Schirlo (PSB), que participaram da votação substituindo os envolvidos no caso (denunciado e denunciantes).

Na sequência, o debate foi iniciado entre os vereadores e Professor Careca (PSD) lembrou sobre uma entrevista concedida por Felipe Passos em 2020, quando as primeiras denúncias sobre as suspeitas dos crimes vieram à tona. “O vereador disse, em entrevista, que se fosse condenado renunciaria. Infelizmente a renúncia não ocorreu e, como já disse em outras oportunidades, nosso compromisso é abrir esta comissão e investigar. Quem não deve não teme”, destacou Careca.

Por outro lado, o advogado do parlamentar ressaltou que, na visão da defesa, não cabe ao Legislativo fazer a investigação. “O Poder Judiciário já está investigando o caso e, inclusive, inocentou Felipe de nove acusações. E com relação a essa entrevista, caso o vereador seja condenado no trânsito em julgado [após todos os recursos] ela segue com o compromisso de renunciar”, disse Abreu Filho.

VOTAÇÃO

Na votação, apenas dois vereadores votaram contra a abertura da CPP: Paulo Balansin e Divo (PSD). Além deles, o presidente da Câmara Filipe Chociai (PSD) não participa da votação por conta do cargo que ocupa e o vereador Sargento Guiarone (PRTB) estava ausente no momento em que o caso foi analisado.