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Recurso busca tirar filha que matou a mãe em PG da prisão

Camila Kanayama, de 26 anos, está presa há quase oito meses após o crime cometido na residência da família em Ponta Grossa; defesa alega divergência em laudo psiquiátrico

Jovem está presa no Complexo Médico Penal em Pinhais, na região de Curitiba
Jovem está presa no Complexo Médico Penal em Pinhais, na região de Curitiba -

Sebastião Neto

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Quase oito meses após ser presa suspeita de ter matado a própria mãe, Camila Mayumi Kanayama aguarda uma decisão da Justiça que pode tirá-la da prisão no Complexo Médico Penal (CMP) em Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba. A jovem de 26 anos foi detida no 10 de fevereiro, após ter sido localizada em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em Curitiba; após a prisão, ela confessou que, no dia anterior, teria matado a mãe Doraci Kanayama a facadas. O caso ocorreu na residência da família, que fica na Vila Estrela em Ponta Grossa, e chocou a comunidade princesina.

Segundo o advogado Jorge Sebastião Filho, responsável pela defesa de Camila, o pedido de soltura da mulher se dá por conta de divergências em perícias realizadas para atestar a sanidade mental da acusada. "A defesa apresentou recurso para o TJ/PR visando sanar as divergências, cujo recurso está pendente de julgamento. Ela continua presa no CMP por decisão da Juíza do Juizado de Violência Doméstica contra Mulher de Ponta Grossa", explica Sebastião, apontando ainda que "a divergência está relacionada ao grau de doença mental que ela possui".

O pedido da defesa para o Tribunal de Justiça do Paraná é que a jovem será liberta da cadeia e colocada em uma clínica psiquiátrica para tratamento. No recurso enviado pela defesa, entre outras justificativas, está a de que, desde outubro de 2021, Kanayama “apresentou quadro de agitação psicomotora, fobias, transtornos de humor frequentes e ideação delirante de fundo persecutório-paranoide e tendências a transtornos depressivos (ideação suicida)", disse o doutor Juarez Antunes de Oliveira, médico que acompanhava Camila na época.

Relembre o caso

O crime aconteceu na noite do dia 9 de fevereiro, por volta das 22h30, na residência da família, localizada entre a rua Amazonas e a Rua Padre Nóbrega. Doraci Kanayama, de 58 anos, foi encontrada morta após levar vários golpes de faca.

O filho da vítima é a principal testemunha do caso, já que, na época, relatou que teria recebido uma ligação da mãe pedindo por socorro e, então, foi até a casa para saber o que estava acontecendo. Chegando no local, o rapaz encontrou sua mãe trancada em um quarto junto da irmã e arrombou a porta. Nesse momento, o filho viu Doraci ferida e sua irmã com uma faca na mão. De imediato, o rapaz chegou a entrar em luta corporal com a irmã, mas a moça fugiu pulando o muro. Equipes do Corpo de Bombeiros, com socorristas do Siate, e também do Samu, foram até o local para socorrer Doraci, mas a vítima já estava sem vida.

Após cometer o crime, a jovem fugiu para Curitiba e foi localizada na manhã seguinte na UPA do Campo Comprido, após apresentar um nome falso e alegar que tinha sido vítima de violência doméstica. Em depoimento a Polícia, Camila confessou o crime e alegou ter agido em legítima defesa e que estaria em um momento de surto.

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