PG foi a terceira cidade que mais produziu soja no Sul do país em 2022
Cidade se destacou entre as 100 cidades que mais produziram o grão no país no ano passado, com 4,41 milhões de sacas retiradas dos campos. Tibagi foi a líder no Sul do Brasil, com valor de produção que superou R$ 1,16 bilhão
Publicado: 03/10/2023, 20:31
Ponta Grossa, reconhecida por ter o maior parque fabril do interior do Paraná, também foi destaque no setor agrícola em 2022, na produção de soja. Dados da Produção Agrícola Municipal (PAM), divulgada em setembro pelo IBGE, mostram que a cidade foi a terceira que mais produziu o grão no Sul do Brasil, e apareceu entre as 100 maiores produtoras em âmbito nacional. No Paraná e no Sul do país, a liderança ficou com outra cidade da região dos Campos Gerais, Tibagi, que manteve a primeira colocação paranaense, assumida em 2021.
Conforme os números da pesquisa anual indicam, Ponta Grossa alcançou uma produção total de 264,7 mil de toneladas de soja, o que significa 4,41 milhões de sacas (60 kg), montante que coloca a cidade na 92ª colocação nacional no ranking nacional do grão. No Sul do Brasil, o resultado foi apenas inferior aos registrados pelos municípios que possuem a maior extensão territorial do Estado: Guarapuava ficou com a segunda colocação, com uma produção que alcançou 280 mil toneladas, na 88ª colocação nacional; e Tibagi ficou na liderança com um total 379,7 mil toneladas produzidas a 63ª cidade que mais produziu no país. A liderança foi de Sorriso, no Mato Grosso, com 2,11 milhões de toneladas retiradas dos campos.
Todo esse montante foi retirado de uma área total de 70,1 mil hectares colhidos, significando uma produção média de 3.776 quilos por hectare na cidade. Cabe destacar, no entanto, que a área plantada foi apenas a 21ª maior do Sul do Brasil e a quinta maior do Estado, 116ª no Brasil. Tibagi, por sua vez, teve a sétima maior área plantada do Sul do Brasil e a maior do Paraná, com 100,7 mil hectares ocupados com o grão – o que significa um rendimento médio por hectare muito semelhante à registrada por Ponta Grossa.
Conforme o levantamento disponibilizado pelo IBGE, essa produção rendeu um valor total meio bilhão aos produtores, mais exatamente R$ 501,6 milhões, o que rp pouco mais de dois terços do valor da produção agrícola da cidade, que alcançou R$ 725,8 milhões. Tibagi, por sua vez, obteve um montante ainda maior, valor bilionário aos produtores, totalizando R$ 1,16 bilhão em 2022 com a soja. Em Sorriso (MT), líder nacional, o valor gerado com a soja alcançou R$ 5,8 bilhões em 2022.
FATORES
O secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Ponta Grossa, Bruno Costa, externa a felicidade com a posição de destaque no pódio do Sul do Brasil, e afirma que a alta produtividade, mesmo em condições adversas, foi conquistada por uma série de fatores. “É muita pesquisa, muita tecnologia, clima propício, manejo eficiente, mão de obra eficiente e logística que nos dá suporte, que são fatores primordiais que elevam a cidade nesse patamar”, resume. Ele ainda acrescenta a expertise e o know how dos produtores da região. “Outro fator é a experiência dos agricultores, que durante todos esses anos, aperfeiçoaram suas técnicas e aumentaram a produtividade”, completou Bruno, lembrando de nomes homenageados no evento Transforma Agro, como Pedro Gorte, Manoel Henrique ‘Nonô’ Pereira, Franke Dijkstra e Francisco Terasawa.
Clima favoreceu os Campos Gerais
Cabe destacar, entretanto, que essa colocação de destaque alcançada por Ponta Grossa, em 2022, foi excepcional, circunstancial devido à grande estiagem que afetou o Sul do Brasil na safra passada, trazendo grandes quebras no Rio Grande do Sul e em diversas regiões paranaenses - no Paraná, por exemplo, a quebra na produção de soja foi de 39%, que caiu de 19,82 milhões de toneladas para 12,04 milhões de toneladas. A região dos Campos Gerais foi a menos afetada, pela janela de plantio mais tardio, sendo que a única regional a superar a produção de 1 milhão de toneladas de soja foi a de Ponta Grossa, que abrange 19 municípios, que alcançou um total de 2,04 milhões de toneladas do grão retiradas dos campos.