Secretário destaca força da agropecuária durante a Transforma Agro | aRede
PUBLICIDADE

Secretário destaca força da agropecuária durante a Transforma Agro

Evento acontece em Ponta Grossa, no Centro de Eventos, até este domingo (24)

Secretário Bruno Costa, prefeita Elizabeth e secretário Ortigara
Secretário Bruno Costa, prefeita Elizabeth e secretário Ortigara -

Da Redação

@Siga-me
Google Notícias facebook twitter twitter telegram whatsapp email

O secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná, Norberto Ortigara, destacou a força e as oportunidades que se abrem para a agropecuária brasileira diante do crescimento populacional e do aumento de capacidade de consumo mundial, ao proferir palestra nesta sexta-feira (22), para participantes da 1ª Transforma Agro Paraná 2023, que se realiza em Ponta Grossa entre 19 e 24 de setembro.

“Ninguém mais que o Brasil tem capacidade de crescer e ser mais relevante nesse setor, seja na produção, com modelos mais sustentáveis, seja na visão estratégica de agredir positivamente o mundo, porque se a gente não fizer outros farão”, afirmou.

Segundo ele, há necessidade de trabalhar para que todas as condições existentes e as que se criarem concorram para ajudar e sejam bem aproveitadas. “A ciência, a tecnologia e a inovação são importantes para isso, cabe a nós exercitar com maestria”, salientou. “Vamos reforçar cada vez mais um conceito: fazer uma boa agropecuária é o negócio do Brasil e particularmente do Paraná”.

Ortigara apresentou os números de produção e estimativas do Governo Federal que reforçam a importância brasileira no mercado de alimentos. O setor emprega 18 milhões de pessoas (20% da população) e gera 25% (R$ 2,6 trilhões) em Produto Interno Bruto (PIB). Nos últimos 10 anos, US$ 895 bilhões, ou 48% do esforço exportador nacional, vieram diretamente da agropecuária.

Segundo os dados oficiais, 9% do território brasileiro (78 milhões de hectares) são ocupados pela agricultura. Outros 26% estão com pastagens e formação natural (224 milhões ha), 48,2% são vegetação nativa protegida (408 milhões ha) e 0,8% (7 milhões ha) são florestas plantadas. “Poucos espaços do mundo têm capacidade para produzir biomassa o ano inteiro como nós, a gente tem de aproveitar as condições de sol, de água, de solo e de conhecimento para produzir mais riquezas”, afirmou o secretário.

Por isso o Brasil saiu de 58 milhões de toneladas de grãos produzidos em 39 milhões de hectares durante a década de 90 para 317 milhões de toneladas em 78 milhões de hectares hoje. “Crescemos na capacidade de produzir mais por metro quadrado”, disse. Para Ortigara, é possível chegar na safra 2032/33 com 389 milhões de toneladas, o que representaria aumento de 18% em área e de 23% em produção.

No setor animal, a expectativa é de que o Brasil evolua das 26,6 bilhões de toneladas deste ano para 36,6 bilhões em 10 anos. Crescimento expressivo que também deve ocorrer no setor de papel e celulose, com salto de 24,2 milhões de toneladas para 30,7 milhões de toneladas.

População

A população mundial igualmente dará grande salto, partindo dos atuais 7,8 bilhões de habitantes para 9,7 bilhões em 2050. Os aumentos devem ocorrer particularmente na Ásia, onde sai de 4,60 bilhões para 5,24 bilhões, e na África, que sobe dos 1,33 bilhão de pessoas para 2,52 bilhões.

Percentuais crescentes também devem ser percebidos na América do Sul, evoluindo de 620 milhões para 780 milhões. As projeções são de que a América do Norte mantenha os mesmos 390 milhões de habitantes, enquanto a Europa reduza de 780 milhões para 680 milhões.

Segundo o secretário, o que se tem de certeza diante disso é que o mundo precisará cada vez mais de comida. “Com essas previsões, que são reais, de mudança, de guinada, de crescimento da população, precisamos mirar os mercados promissores, atendendo os clientes em suas exigências”, afirmou. “Precisamos estar sempre atentos aos movimentos populacionais e de consumo e produzir qualidade para não perder a mão”.

Paraná

Diante desse cenário mundial, o Paraná já se firmou como uma das maiores lideranças do agronegócio brasileiro. O Estado é o primeiro na produção de feijão, com 665 mil toneladas em 2022, de cevada, com 394,1 mil toneladas, e de fécula de mandioca, com 422 mil toneladas, o que representa dois terços do que se produz no País.

O Estado também é o principal produtor de proteínas animais, principalmente com frangos, segmento em que abateu mais de 2 bilhões de cabeças no ano passado, e peixe, com cerca de 180 mil toneladas. Em fio de seda, o Paraná é forte, com produção de 1,5 mil toneladas de casulos em 2022, garantindo pelo menos 86% do que o Brasil coloca no mercado, com qualidade reconhecida pelas principais consumidoras de seda mundial.

O Paraná também tem liderança em produção florestal com fins comerciais, colocando 46,6 milhões de metros cúbicos de tora no mercado. Nesse segmento, projeta-se a produção de erva-mate. As 764 mil toneladas do ano passado colocam o Estado na liderança nacional.

O solo paranaense garantiu posição de destaque na produção de grãos de forma geral, com 46,6 milhões de toneladas em 2022. Nos três produtos mais requisitados mundialmente, o Paraná tem a segunda colocação nacional. A soja rendeu 22,5 milhões de toneladas, o milho, 17,7 milhões, e o trigo, 4,4 milhões de toneladas.

Em proteínas animais também houve destaque paranaense na produção de suínos, com 11,5 milhões de cabeças abatidas, e em leite, segmento que totalizou 4,4 bilhões de litros. Em ambos o Paraná desponta na segunda colocação.

Tecnologia

Ortigara apresentou o mapa brasileiro de Produtividade Total dos Fatores, que mostra uma alteração nas forças produtivas nos últimos anos. Em 1995 o trabalho representava 31,3% do esforço no campo, a terra, 18,1% e a tecnologia, 50,6%. Em 2017, quando foi feito o último levantamento, o trabalho reduziu-se para 19,4%, a terra ficou responsável por 8,3%, enquanto a tecnologia apresentou 72,3% do peso para se ter uma agropecuária de qualidade.

“Hoje, de cada quatro sacas ou quilos que a gente produz, três tem a ver com ciência, com conhecimento, com inovação, com a capacidade de levar para o campo um jeito diferente de fazer e produzir mais resultado”, disse. “A tendência é que continue crescendo tendo como desafio aumentar sempre a produtividade, pois a tecnologia, a agricultura de precisão, processos refinados, cuidar do solo, da matéria orgânica, ter menos carga química vão nos levar muito além de onde estamos”.

Com informações: Agência Estadual de Notícias.

PUBLICIDADE

Participe de nossos

Grupos de Whatsapp

Conteúdo de marca

Quero divulgar right

PUBLICIDADE