Plauto analisa atual cenário político de PG e mira eleições de 2024 | aRede
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Plauto analisa atual cenário político de PG e mira eleições de 2024

Ex-deputado estadual por duas décadas, Plauto Miró aponta setores prioritários para o município; ele também visualiza o cenário eleitoral para a disputa da Prefeitura em 2024

Plauto Miró Guimarães Filho conversou com o Portal aRede
Plauto Miró Guimarães Filho conversou com o Portal aRede -

Sebastião Neto

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O Portal aRede e o Jornal da Manhã apresentam mais uma entrevista da série ‘De olho nas Eleições 2024’, que conversa com lideranças colocadas nos bastidores do cenário eleitoral de Ponta Grossa para disputa à Prefeitura no próximo ano. Nesta sexta-feira (22), quem visitou a redação do Grupo aRede foi o ex-deputado estadual Plauto Miró Guimarães Filho, hoje sem partido. Confira a entrevista na íntegra clicando aqui.

Portal aRede e Jornal da Manhã: Seja bem-vindo e muito obrigado por aceitar nosso convite, Plauto. Antes de mais nada, gostaria de saber como o senhor observa o seu nome colocado como um potencial candidato às eleições do ano que vem?

Plauto Miró Guimarães Filho: Fiquei muito contente e grato pela lembrança da população de Ponta Grossa, principalmente no momento em que as pesquisas de opinião pública começam a acontecer na nossa cidade e o nosso nome é muito bem lembrado quando se pergunta sobre o próximo prefeito de Ponta Grossa. A partir destas sondagens, comecei a ser convidado para falar sobre as eleições do ano que vem: é um momento especial, até porque, para mim, as eleições municipais são as mais importantes. É onde o cidadão elege o representante que governará a cidade por quatro anos, não só o prefeito, o vice-prefeito, como também a Câmara de Vereadores para os próximos quatro anos; serão os parlamentares que estarão prestando serviço, aprovando leis e apresentando projetos dentro do Legislativo. Sou muito grato de poder estar aqui e dizer que estou atento ao momento.

aRede/JM: Falando sobre Ponta Grossa, o que senhor visualiza como prioritário para a cidade neste momento e também pensando no futuro, em quem irá assumir a gestão do município em 2024?

Plauto: A nossa cidade fez 200 anos, é a terceira maior cidade do interior do Paraná e, tendo uma população de 360 mil habitantes, tem muitas demandas. O que eu acho que falta na nossa cidade é um respeito maior dos governantes com todos os moradores. Respeito em que sentido? Uma transparência maior nas contas públicas.

Também destaco os temas relacionados à saúde do nosso município. O tempo passou, a população cresceu e as demandas aumentaram e a própria gestão nessa área da saúde faltou. Em especial no momento que a Prefeitura Municipal fechou o hospital São Lucas, hoje hospital Amadeu Puppi. Eu nunca vi fechar hospital, mas aqui em Porta Grossa as coisas aconteceram: o município tomou essa atitude e muitas pessoas ficaram à margem do atendimento que aquele espaço prestava a cidade.

Temos também a educação, que tem o dinheiro garantido e esse recurso vem da própria legislação, o que faz com que a prefeita tenha recursos para reformar as escolas. A educação tem um grande orçamento que, se bem aplicado, possibilitará boas escolas e, ao mesmo tempo, professores valorizados. É isso que interessa para os alunos e as suas famílias.

aRede/JM: E sobre o Plauto, o que podemos falar? Durante as eleições do ano passado, ainda como deputado, era visível uma insatisfação muito grande sua com os rumos que o partido União Brasil tomava no cenário estadual. O senhor está desiludido com a política do ponto de vista partidário?

Plauto Miró: Tivemos muitas mudanças depois que criaram o fundo partidário, dinheiro público que vai para os políticos fazerem campanha. E dentro dessa manobra, que garante bilhões e bilhões de reais, o dinheiro ‘se perde’ no meio do caminho e os dirigentes partidários é que definem que candidato vai ser favorecido com recursos para poder fazer a sua campanha eleitoral. Eu não peguei nada de dinheiro público e para campanha, tive oportunidade, mas não quis me meter nessa relação porque os dirigentes maiores acabaram pedindo coisa em troca, eu não quis entrar nessa lambança e espero ter acertado. No caso da prefeitura, eu tenho comigo que um prefeito eleito tem que governar com técnicos, com pessoas capacitadas; claro, ele precisa do apoio da Câmara de Vereadores, mas não pode existir uma barganha. Na Assembleia não era assim: você acompanhava projetos importantes para o Estado do Paraná, votava naquilo que você acredita que ia ajudar a população, e a relação do governo do Estado à Assembleia era através de um atendimento de demandas.

aRede/JM: Hoje vemos três grupos políticos com um certo protagonismo na cidade e quem devem estar presentes nas eleições de 2024. Há espaço para uma quarta via, se assim é possível chamar?

Plauto Miró: O tempo de mando do atual grupo que está na prefeitura desgasta, é muito tempo, as pessoas de um período em diante refletem o que a sua vida pode melhorar se continuar do jeito que está. O eleitor procura uma nova esperança, um novo projeto para poder escolher e votar. É o que está acontecendo. Eu, pessoalmente, estou cuidando da minha vida, das minhas obrigações e vamos ver ano que vem, no mês de abril, que é o período de filiação partidária, se estarei mais próximo de uma disputa eleitoral. Ainda estamos falando de hipótese, mas já fui procurado por alguns partidos. O que espero é ter um partido político, ainda não sei o qual, para poder abrigar as pessoas que estiverem comigo durante a minha vida pública e fazer uma chapa de vereadores em conjunto com elas, formar um grupo para poder ter ideias boas e apresentar à população um plano que possa ser discutido por Ponta Grossa.

aRede/JM: Para fecharmos nossa entrevista, o senhor se vê preparado para uma disputa ao Executivo em 2024, caso isso ocorra?

Plauto Miró: Se eu tiver a oportunidade, tenho uma linha de pensamento que é de discutir a cidade com as pessoas, com as lideranças do setor produtivo, o trabalhador e também as entidades representativas, tudo isso para ouvir o que têm a dizer e formar uma ideia, um plano de governo pensando na população de Ponta Grossa. Já disputei uma eleição, em 1996, e tenho a vontade de, em algum momento, administrar a cidade de Ponta Grossa com o conhecimento que adquiri na administração privada e também na administração pública, que aprendi lá na Assembleia Legislativa, gerindo um orçamento muito semelhante ao da nossa cidade.

Biografia

Plauto nasceu em Ponta Grossa em 20 de julho de 1963. No início dos anos 90, ele foi eleito deputado estadual e cumpriu oito mandatos na Assembleia Legislativa do Estado do Paraná (Alep). A liderança política também foi, por oito anos, o 1º secretário do Poder Legislativo do Estado, promovendo mudanças dentro da Assembleia. Dentre uma das principais conquistas, segundo ele, foi a conquista do curso de Medicina, junto de outras lideranças, na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Plauto concorreu à Prefeitura Municipal de Ponta Grossa (PMPG) em 1996, ficando em terceiro lugar, com 24% dos votos.

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