Empresa de PG nega envolvimento na Operação 'Duplo Malte'

As investigações referentes à Operação ‘Duplo Malte’, desencadeada no mês de janeiro deste ano em Ponta Grossa, chegaram ao fim. Por meio da perícia realizada, foi constatado que os veículos encontrados no barracão pertencente a uma empresa, situado na região da Chapada, não possuem qualquer vínculo com as atividades criminosas.

Além disso, foi apontado que os caminhões não possuíam nenhum problema de idoneidade. No dia 31 de agosto, todos os veículos apreendidos na época da Operação foram devolvidos. 

Conforme a decisão expedida pela Comarca de Ponta Grossa, o barracão funcionava como um depósito pertencente à empresa, onde eram armazenados veículos de sua propriedade e de clientes. Durante a ação policial, um funcionário também foi preso.

Relembre o caso

A Polícia Civil do Paraná prendeu, em janeiro deste ano, três integrantes de organizações criminosas responsáveis por desviar malte de grandes cervejarias do Brasil. Os indivíduos foram autuados em flagrante por porte ilegal de arma de fogo. Uma das prisões aconteceu em Ponta Grossa, o homem teria sido apontado pela corporação como chefe da organização.

Durante as investigações preliminares, o barracão era apontado pela investigação como um possível lugar de estoque do malte e da cevada ou dos caminhões que transportavam a carga. Os sete caminhões e as peças foram apreendidos para perícia.

Outras frentes

A operação que vislumbra identificar a organização criminosa responsável pelo desvio de malte de cervejarias do país foi coordenada pela Delegacia de Crimes contra a Economia e Proteção do Consumidor (DELCON) de Curitiba e aconteceu simultaneamente em Ponta Grossa, Umuarama, Maringá, Alto Paraná, Contenda e Lapa.

A PCPR ainda contou com o apoio da Polícia Civil do Rio Grande do Sul no cumprimento de um mandado em Passo Fundo.Os policiais cumpriram 33 mandados de busca e apreenderam quantias de malte adulterados, munições, documentos, cinco armas de fogo, fichas com anotações de grandes cervejarias e R$ 6 mil. As investigações seguem em andamento.

Criminosos ostentavam vida de luxo

Estima-se que o prejuízo à indústria nos últimos dois anos seja superior a R$ 40 milhões. Outras três pessoas já tinham sido presas em flagrante no início das investigações. Conforme apurado, os integrantes das organizações criminosas atuavam nesta prática há alguns anos e ostentavam vidas de luxo, com carros esportivos e casas de alto padrão.