Emiliano Zapata reivindica regularização da terra ao Incra

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) entregou à Superintendência Regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) a pauta de reivindicações de 14 assentamentos e seis acampamentos da chamada Região Sul do movimento no Paraná, que compreende os Campos Gerais, Litoral do Estado e região desde Jaguariaíva à União da Vitória.

O ato ocorreu durante a Assembleia Popular de Mobilização Permanente pela Reforma Agrária do MST, que integra a agenda itinerante da Superintendência do Incra no Paraná, realizada no acampamento Emiliano Zapata, no município de Ponta Grossa, na terça-feira (1º/08) passada.

Ao todo, são 11 assembleias realizadas em todo Estado do Paraná. Durante a Assembleia, o integrante da direção estadual do MST no Paraná, Joabe Mendes, cobrou do Incra a imediata efetivação de assentamento para a comunidade Emiliano Zapata, que há 15 anos luta pela regularização da terra. “O primeiro assentamento da Reforma Agrária no Estado do Paraná tem de ser o Emiliano Zapata. Esta área já foi paga. O dinheiro está depositado desde 2008. Tem de ter decisão política”.

A área do acampamento Emiliano Zapata possui cerca de seiscentos e trinta e três hectares e está situada na antiga Fazenda Modelo da Embrapa.

O superintendente Regional do Incra, Nilton Bezerra Guedes, afirmou que a regularização de terras para reforma agrária é um compromisso do atual governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com maior atenção ao Paraná. Guedes destacou o pedido do presidente da República, por meio do Ministério do Desenvolvimento Agrário e do Incra, para verificarem no Paraná as demandas dos assentamentos e por terras para reforma agrária. “Isso foi pedido pelo presidente Lula porque ele quer uma atenção especial no Paraná”, disse o superintendente, durante a Assembleia no Emiliano Zapata.

A Assembleia Popular pela Reforma Agrária no acampamento Emiliano Zapata contou com aproximadamente 400 pessoas, entre integrantes de acampamentos e assentamentos da região, lideranças políticas, movimentos sociais e instituições que apoiam o MST. O evento contou ainda com um grande almoço, com alimentos cultivados pelas famílias do MST.

Da assessoria