Polícia Militar interrompe ocupação no Lagoa Dourada; veja vídeo
Ocupação ocorria na manhã deste domingo (23), em Ponta Grossa. Cerca de 10 viaturas da Polícia Militar interromperam o ato após dialogar com as lideranças do movimento
Publicado: 23/07/2023, 09:04
A Frente Nacional de Luta Campo Cidade (FNL) reivindicou na manhã deste domingo (23) um terreno localizado no bairro Lagoa Dourada, próximo à Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). Cerca de 10 viaturas da Polícia Militar interromperam o ato após dialogar com as lideranças do movimento. O espaço de 6 hectares pertencente à União seria utilizado pela entidade para a execução de uma horta comunitária.
A ação da FNL é baseada em uma decisão do Ministério Público do Paraná (MPPR), emitida em maio deste ano. A Frente Nacional emitiu uma nota justificando o ato. "O MP alega não existir crime de esbulho possessório. O documento ainda deixa claro a legitimidade da ocupação, pois o movimento pretende fazer que terreno cumpra com sua função social", diz um trecho do texto. A manifestação se refere a tentativa de ocupação realizada por moradores no dia 30 de abril de 2023.
Aproximadamente 40 famílias estão no local, que fica próximo de uma linha férrea desativada. Próximo a área, já existem cerca de sete famílias. A FNL aponta que "as famílias de sem terra têm como bandeira a reforma agrária e pretendem trabalhar a terra até então improdutiva. Uma horta comunitária será criada para a produzir alimentos saudáveis visando o alimento no prato de quem mais precisa".
Nota Oficial
A Polícia Militar se posicionou sobre a ação desencadeada no bairro Lagoa Dourada. Confira a nota abaixo:
"Na manhã deste domingo (23), policiais do 1° Batalhão de Polícia Militar deram atendimento a uma ocorrência de esbulho possessório no bairro Neves, em Ponta Grossa.
Vítima acionou a PM relatando que havia cerca de 20 pessoas pertencentes ao movimento social FNL, as quais teriam invadido sua chácara durante a madrugada e recusavam-se a sair do local.
Foi constatado pela equipe PM que tais pessoas haviam feito uma cerca e uma porteira improvisadas com madeiras, além de expor algumas bandeiras.
Foi realizado contato com dois representantes do movimento, os quais relataram que estariam ali com a alegação de que as terras seriam improdutivas e estariam em condições de abando, porém, não portavam documentação que comprovasse tais alegações.
Nesse momento foi solicitado que deixassem o local de forma pacífica, mas os mesmos não acataram a ordem.
Não houve resistência durante a abordagem policial. Diante da manifestação de interesse da vítima em representar criminalmente contra os representantes da FNL, os mesmos foram conduzidos até o Cartório da Polícia Militar, para lavratura de Termo Circunstanciado de Infração Penal.
Os demais abordados foram identificados e advertidos, sendo liberados no local.