Projeto da UEPG atende pessoas monitoradas pela polícia | aRede
PUBLICIDADE

Projeto da UEPG atende pessoas monitoradas pela polícia

Iniciativa acontece em parceria com o Departamento de Polícia Penal do Paraná

É a primeira vez no Brasil que uma universidade pública auxilia o Estado em demandas desta natureza
É a primeira vez no Brasil que uma universidade pública auxilia o Estado em demandas desta natureza -

Da Redação

@Siga-me
Google Notícias facebook twitter twitter telegram whatsapp email

A Universidade Estadual de Ponta Grossa agora conta com mais um projeto de extensão. No início de julho, a instituição iniciou o Núcleo de Atendimento às Pessoas Com Monitoração Eletrônica (Nupem), que trabalha de forma multidisciplinar, com alunos de Direito, Serviço Social e Psicologia. O projeto acontece em parceria com o Departamento de Polícia Penal do Paraná (Deppen), com fomento da Fundação de Apoio da UEPG (FAUEPG), e promove a tutela e conscientização sobre direitos da população com tornozeleira eletrônica. É a primeira vez no Brasil que uma universidade pública auxilia o Estado em demandas desta natureza.

O Nupem é um projeto de iniciativa da UEPG, em parceria com as Universidades de Londrina (UEL) e Maringá (UEM), Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC) e Unicesumar.  No total, são 44 acadêmicos, que atendem em Ponta Grossa, Curitiba, Londrina, Maringá e Cruzeiro do Oeste. O objetivo é sempre o mesmo: promover a inclusão social e ressocialização de apenados com tornozeleiras eletrônicas. “Trabalhos assim quebram barreiras e reaproximam pessoas apenadas da sociedade”, reforça o coordenador do Núcleo e chefe de Gabinete da Reitoria, professor Rauli Gross.

Segundo Rauli, o grande diferencial do projeto é criar uma rede de atendimento para a diminuição da reincidência da criminalidade. “A tornozeleira é aplicada a pessoas que não apresentam periculosidade. E essa população, quando tem o estímulo e auxílio, irá buscar uma forma de se reintegrar na sociedade e dificilmente irá cometer atos ilícitos”, explica. Quando ganha a população atendida, também ganha a comunidade acadêmica, segundo Rauli. “Os estudantes que são bolsistas entram em contato com pessoas e problemas reais, além de se depararem com situações bem diferentes, então [o projeto] é extremamente rico para a formação dos alunos também”.

Alunos

Para Maria Antônia Reghin, acadêmica do 2º ano de Direito, a experiência é diferente de tudo o que aprendeu na sala de aula até agora. “Acho que ainda terei muito o que aprender, mas daqui vou poder tirar muita coisa para o futuro”, destaca. Ainda sem ter definido em qual área do Direito irá trabalhar depois de formada, Maria já sabe que o Nupem terá influências. “Temos uma perspectiva muito diferente aqui, entrando em contato e conhecendo as situações de cada um, e isso me fez abrir os olhos para muita coisa”.

O futuro psicólogo Diego Brugnago Sikorski ressalta que o Nupem dá a oportunidade de sair da hegemonia do aprendizado. “A psicologia da região é voltada para uma população cisgênero, hétero e branca e aqui temos contato com pessoas marginalizadas que precisam de atendimento”. Segundo o acadêmico, o contato inicial ainda é de forma online, mas em breve os atendimentos serão presenciais. “Está sendo interessante, porque temos contato com realidades diferentes, e já estamos elaborando alguns projetos com eles, como tratamento para vícios em álcool e drogas, por exemplo”, cita.

“Estou gostando bastante de participar do projeto, porque eu estou no segundo ano e desde o começo eu sentia a necessidade de entrar em contato com a população”, conta a acadêmica do curso de Serviço Social, Maria Luiza Hass Rosa. A rotina da estudante, além do planejamento e preenchimento de relatórios, é entrar em contato com apenados e familiares, para alinhar demandas. “Nunca tinha vivenciado uma experiência assim, ver a realidade deles nos tira da bolha, e eu sinto que posso contribuir para a realidade dessa população”.

Importância

A tornozeleira eletrônica é uma alternativa que oferece ressocialização ao detento, o que dá a oportunidade de trabalhar e conviver socialmente, além de aliviar o sistema carcerário. Os monitorados têm a possibilidade de ter emprego, voltar a estudar e realizar uma capacitação profissional. Após receber a tornozeleira, o monitorado deve cumprir uma série de deveres presumidos na Lei nº 12.258/10. Em Ponta Grossa, os apenados também contam com auxílio do Complexo Social, ligado à Polícia Penal do Paraná. “Aqui eles são acolhidos desde o primeiro dia, quando saem da unidade prisional e recebem a tornozeleira eletrônica”, explica o coordenador Aladison Silva. Para ele, a parceria com a UEPG, por meio do projeto, proporciona melhor acompanhamento dos atendidos. “Eles podem ter mais informações e melhor acompanhamento, para o cumprimento da pena”, finaliza.

Com informações: assessoria de imprensa.

PUBLICIDADE

Participe de nossos

Grupos de Whatsapp

Conteúdo de marca

Quero divulgar right

PUBLICIDADE