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Polícia indicia motorista e dono de caminhão por morte de professora

Laudo sobre o acidente ocorrido em abril deste ano confirmou uma série de problemas mecânicos do veículo

Vanessa e o filho Pedro Henrique Maciel morreram no acidente
Vanessa e o filho Pedro Henrique Maciel morreram no acidente -

Da Redação

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O laudo pericial realizado no local do acidente onde ocorreu o óbito da professora Vanessa Kubaski Maciel (37) e de seu filho Pedro Henrique Maciel Jorge (7) , no dia 6 de abril deste ano na BR-376, em Ponta Grossa, foi concluído nesta terça-feira (18).

Segundo informações do advogado Fernando Madureira, assistente de acusação e que representa a família de Vanessa e Pedro Henrique, o laudo apontou que o fator determinante do acidente foi a reação ineficaz do condutor do caminhão, a qual não foi capaz de parar o veículo e acabou atingindo o carro onde estava mãe e filho. Foi apontado ainda pelos peritos que o sistema de freios estava parcialmente inoperante, ou seja, o mal estado de conservação dos pneus e a chuva que molhava a pista foram fatores que contribuíram para a ocorrência do acidente. 

O caminhão possuía rodas sem tambor, sem lona e sem patinho de freio, bem como havia duas mangueiras isoladas, havendo pelo menos quatro eixos do conjunto que não tinham condições de executar a frenagem. Para piorar, o laudo teria apontado que seis pneus estavam em mal estado de conservação, além de dois estepes também em más condições, comprometendo a segurança e a capacidade de frenagem, especialmente quando se considera a pista molhada. Não foram encontradas no local do acidente marca de frenagem do caminhão.

Além dos pontos destacados acima, segundo o advogado, o lauto aponta que que disco do tacógrafo não estava com as devidas marcações de deslocamento, denotando que o aparelho estava defeituoso ou inoperante, o que compromete a conferência da velocidade no momento do acidente. Além disso, a aferição equipamento venceu na data de 24/01/2022, configurando falta de manutenção de item obrigatório. 

Antes mesmo da apresentação do lauto, o delegado Lucas Maia responsável pelo inquérito policial já tinha formalizado o indiciamento do motorista Tiago Bueno e do proprietário do caminhão Edelar Julio por homicídio doloso.

Fernando Madureira, que acompanha os trabalhos de investigação representando os familiares das vítimas, explica com a juntada do laudo de exame do local o inquérito deve ser concluído e encaminhado para o Ministério Público. "Todas estas irregularidades contatadas pelos laudos periciais eram de pleno conhecimento do motorista e da transportadora proprietária do caminhão e, mesmo assim, permitiram que o caminhão carregado com 38 toneladas de soja circulasse livremente assumindo o risco de causar graves danos a terceiros, como infelizmente aconteceu. Isso demonstra total descaso com a vida alheia", finaliza.

Com informações de assessoria

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