Valor Adicionado da indústria de PG quase dobra em 4 anos e soma R$ 9,2 bi

Ponta Grossa consolida, ano a ano, a sua posição de liderança quando o assunto é referente ao maior parque fabril do interior do Paraná. Em 2022 não foi diferente, conforme os números preliminares revelados pela Secretaria de Estado da Fazenda, referentes ao Valor Adicionado (VA) da Indústria, contidos no relatório do Índice de Participação dos Municípios no ICMS. Os dados mostram que a geração de riquezas do setor industrial atingiu a marca de R$ 9,2 bilhões no ano passado, alcançada por 1.601 contribuintes. Trata-se de um Valor Adicionado que cresceu 26,89% no período de um ano, na comparação com o VA de R$ 7,25 bilhões totalizado em 2021, ou o equivalente a R$ 1,94 bilhão de incremento. 

Quando a medida de comparação é maior, os números são mais expressivos. Em relação ao VA de 2020, quando a geração total de riquezas no setor foi de R$ 6,12 bilhões, o crescimento foi de 50%, em alta de R$ 3,07 bilhões. Já em relação a 2018, quando o Valor Adicionado totalizou R$ 4,8 bilhões, a geração de riquezas no setor quase dobrou, ao crescer quase 90% - ou R$ 4,35 bilhões. Na variação da década, comparando os valores de 2022 com os de 2013, quando o VA da cidade somou R$ 3,26 bilhões, o aumento foi de 182,2%.

Em âmbito estadual, Ponta Grossa tem o quarto maior Valor Adicionado da Indústria. O maior valor do Estado é de Araucária, que possui a refinaria da Petrobras (Repar), com um valor de R$ 45,7 bilhões. Na sequência, aparece o Valor Adicionado de Curitiba, de R$ 20,5 bilhões, ao passo que na terceira colocação, aparece São José dos Pinhais, que se destaca por ser um dos maiores polos de produção automotiva do país, com um VA de R$ 14,6 bilhões. Em relação à cidade com o segundo maior VA industrial do interior, Ortigueira, Ponta Grossa tem uma liderança com vantagem de R$ 3,24 bilhões, ao passo que em relação à terceira, Toledo, a vantagem é de R$ 5,43 bilhões. O quarto e o quinto maiores valores do interior são de Maringá e de Cascavel, com R$ 3,65 bilhões e R$ 3,44 bilhões, respectivamente.

LÍDER EM CRESCIMENTO

No período de 2018 a 2022, Ponta Grossa teve o maior crescimento em valores entre todas as cidades do interior paranaense, com incremento de R$ 4,35 bilhões no Valor Adicionado da indústria – depois de Ponta Grossa, o maior crescimento no período foi de Ortigueira, com R$ 3,04 bilhões. Já pegando as quatro cidades com os maiores valores do Paraná, o VA da indústria de Ponta Grossa teve o maior crescimento percentual. Os 89,81% de crescimento foram superiores aos 85,3% alcançado por Araucária, aos 82,6% de Curitiba, e aos 48,9% de São José dos Pinhais. Ponta Grossa, aliás, reduziu a diferença para a terceira, São José dos Pinhais: se o VA da cidade da região de Curitiba equivalia a pouco mais que o dobro do de Ponta Grossa, de 103,3% (R$ 9,85 bi e R$ 4,84 bi, respectivamente), agora a diferença caiu para 59,4% (R$ 14,6 bi e R$ 9,2 bi).

Número total de contribuintes na cidade aumenta 38% em dois anos

Esse expressivo crescimento do VA pode ser atribuído a dois fatores, em específico. Um deles é o crescimento no número de indústrias na cidade, conforme os dados da SEFA. Se, em 2020, a cidade tinha 1.160 indústrias contribuintes, o valor cresceu para 1.322 para 2021 e saltou para 1.601 em 2022, em um crescimento de 21% no último ano, e de 38% nos últimos dois anos. Além disso, grandes indústrias concluíram novos investimentos entre 2021 e 2022, que propiciaram o aumento de suas produções, como foi o caso, por exemplo, da Heineken, Continental e DAF, entre outras.

ENTENDA

O que é Valor Adicionado

O cálculo do Valor Adicionado (VA) é obtido pela diferença entre as vendas brutas e o valor total dos insumos ou produtos adquiridos de terceiros, ou seja, equivale à soma do ‘lucro’ das empresas. O Valor Adicionado é utilizado, na macroeconomia, para a composição do Produto Interno Bruto (PIB).