Laboratórios de Aprendizagem Criativa atendem 4,5 mil alunos
No total, o investimento contempla a compra de 540 netbooks e notebooks, recebidos pelas escolas nos 15 Laboratórios de Aprendizagem Criativa já instalados pela Secretaria Municipal de Educação. Serão 50 até 2024
Publicado: 09/06/2023, 13:15
A Prefeitura de Ponta Grossa já criou 15 Laboratórios de Aprendizagem Criativa (LACs) nas escolas municipais, contemplando 540 computadores, materiais de robótica educacional e metodologia própria de ensino, utilizados por 4.500 alunos. O programa contempla uma metodologia própria de ensino, criada pela Secretaria Municipal de Educação, e representa uma virada para o ensino da tecnologia na cidade. Serão 50 LACs até 2024.
Os investimentos nos primeiros laboratórios somam aproximadamente R$ 2 milhões em equipamentos, mobiliário, formação profissional e preparação das salas. A prefeita Elizabeth Schmidt destaca que os novos laboratórios valorizam o pensamento voltado para a inovação. “Esta é uma criação da nossa cidade. Os laboratórios são espaços para desenvolver a criatividade e o despertar para a tecnologia e inovação das nossas crianças. Temos a robótica educacional, os computadores pessoais, a preparação dos nossos professores, produção própria de conteúdo, aulas de inglês e muito mais. Estamos no jogo do século 21”, considera a prefeita.
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Eduardo Gomes de Oliveira, aluno do 4º ano da Escola Lúcia Pacher, aprovou o LAC. “Fazemos muitas coisas em equipe e agora também com os computadores. É uma aprendizagem criativa, onde pesquisamos, montamos coisas, sempre em equipe”, empolga-se ele.
“Trata-se de uma proposta metodológica que busca o protagonismo infantil, com mediação do professor, tendo em vista a construção do conhecimento. Um projeto que tem a nossa identidade, com a chancela do Vale dos Trilhos. E hoje os alunos interagem com os equipamentos disponíveis e evidenciam o interesse com o que há de novo, sobre como as coisas funcionam, e eles nos dão aulas sobre isso. É emocionante a reação das crianças”, relata a secretária de Educação, professora Simone Pereira Neves.
"Esta é uma criação da nossa cidade. Os laboratórios são espaços para desenvolver a criatividade e o despertar para a tecnologia e inovação das nossas crianças. Temos a robótica educacional, os computadores pessoais, a preparação dos nossos professores, produção própria de conteúdo, aulas de inglês e muito mais. Estamos no jogo do século 21"
Os computadores que estão nas mãos das crianças podem ser usados para acesso à internet, sob supervisão dos professores, como as aulas do English for Kids – programa de inglês criado pela SME –, produção de textos e outras atividades, além de serem leves, versáteis, com excelente duração de bateria, teclado e tela touch. Os equipamentos dispõem das funções adequadas para as atividades que serão propostas pelos professores ao longo dos trabalhos, de acordo com a metodologia de ensino adotada. Cada item recebeu impressão a laser com o brasão do município de Ponta Grossa.
A robótica educacional contempla o uso de materiais cartonados, insumos eletromecânicos e eletrônicos, arduínos, leds, interruptores e outros, utilizados conforme a idade escolar. “Em todos os momentos, os alunos terão uma visão da linguagem computacional, tendo em vista a alfabetização e letramento tecnológico”, explica Dirce Vaselechen, que atua na coordenação do LAC.
Aline da Silva Ferreira é uma das professoras que atua no laboratório de sua escola. “Nossa expectativa é poder inovar em nossas aulas, conseguindo colocar as metodologias ativas em prática, e que o LAC consiga contribuir com a sala de aula, crescendo assim em nossa comunidade escolar”, observa a professora.
Metodologia própria de ensino
Para desenvolver o projeto, Ponta Grossa não comprou uma metodologia de ensino pronta para ser aplicada de maneira vertical a professores e alunos. A opção da SME foi de preparar cada um dos professores do LAC, em uma formação exclusiva realizada em parceria com o Serviço Social da Indústria (SESI).
Desta forma, os equipamentos de robótica, por exemplo, não são kits prontos, mas compostos por materiais que privilegiam a autonomia e criatividade das turmas. Ao mesmo tempo, os professores visam desenvolver o protagonismo infantil, demonstrando os princípios básicos da robótica educacional e adotando uma metodologia de alfabetização tecnológica.