Advogado de PG é preso na Operação Pactum do Gaeco
Na operação que atingiu a Câmara de Ponta Grossa, na manhã desta terça-feira (6), houve uma prisão em flagrante, de um advogado, por porte irregular de arma de fogo de uso restrito
Publicado: 06/06/2023, 14:44
O Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) cumpriu 19 mandados de busca e apreensão em cinco cidades do Paraná e uma de Santa Catarina na Operação Pactum, que investiga possível organização criminosa composta por agentes políticos, servidores públicos e empresários envolvida em fraudes a licitações e outros crimes.
Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos nas cidades de Ponta Grossa, Palmeira, Lapa, Curitiba, Guaratuba e Balneário Camboriú (SC), no âmbito da Operação Pactum. Entre os locais, está o gabinete do vereador Celso Cieslak, na Câmara Municipal de Ponta Grossa.
Foram apreendidos telefones celulares, documentos, veículos de luxo, obras de arte e dinheiro em espécie. Houve uma prisão em flagrante, de um advogado de Ponta Grossa (e com função pública), por porte irregular de arma de fogo de uso restrito. O Gaeco não informou o local desta prisão.
As investigações, do núcleo do Gaeco em Ponta Grossa, apuram a existência de organização criminosa composta por agentes políticos, servidores públicos e empresários, voltada à prática dos crimes de fraude a licitações, tráfico de influência, corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Tiveram início em novembro de 2022, a partir de declarações de um vereador ponta-grossense, então relator de uma Comissão Parlamentar de Inquérito que investigava o sistema de saúde no município, noticiando que outro parlamentar lhe teria oferecido vantagem indevida para modificar pontos do relatório final da CPI, lançando ainda a suspeita da existência de um esquema de propina envolvendo licitações para a compra de livros por diversas prefeituras e câmaras municipais, inclusive nos estados de Santa Catarina e São Paulo. No curso das investigações, confirmaram-se indícios de um esquema de propina e direcionamento de licitações nas áreas de shows e eventos, de contratação de empresas para projeto de recuperação tributária e de compra de livros.
As ordens de busca e apreensão foram expedidas pela 3ª Vara Criminal de Ponta Grossa, que também determinou o afastamento do mandato do vereador e o afastamento da função pública de um servidor municipal, ambos de Ponta Grossa, até o encerramento das investigações.