Médico de PG conquista diplomação europeia em anestesiologia
Cooperado da Unimed Wagner Crensiglova recebeu Diploma Europeu de Anestesiologia e Terapia Intensiva
Publicado: 23/05/2023, 15:36
O anestesiologista Wagner Crensiglova, médico cooperado da Unimed Ponta Grossa, acaba de conquistar o Diploma Europeu de Anestesiologia e Terapia Intensiva (EDAIC – European Diploma in Anesthesiology and Intesive Care), certificação emitida pela Sociedade Europeia de Anestesiologia (ESA), com apoio da Federação Mundial das Sociedades de Anestesiologia.
Ao longo das próximas semanas, a ESA irá enviar a versão digital do diploma aos médicos titulados. A entrega em mãos está prevista para ser realizada no Congresso Europeu de Anestesiologia de 2024, que certifica os concluintes do ano anterior. De acordo com o anestesiologista, o desenvolvimento profissional foi um dos principais motivos para buscar o EDAIC.
“Principalmente a busca pelo conhecimento, pelo aprimoramento profissional. Poder utilizar esse conhecimento para trazer o que há de melhor e mais recente para os pacientes, tornando a experiência no período pré, intra e pós operatório a melhor possível”.
Todo o processo durou cerca de dois anos e contemplou duas etapas de avaliação, que exigiam alcançar mais de 80% de acertos, e nas quais Crensiglova teve êxito logo na primeira tentativa. O médico conta que a jornada começou em 2020, com uma titulação nacional.
“Primeiro conquistei o TSA, Título Superior em Anestesiologia que é a titulação máxima da nossa Sociedade Brasileira de Anestesiologia. Após essa etapa, resolvi me preparar para a certificação internacional. Para obter o título internacional é necessário passar por duas etapas: uma prova teórica, que fiz há cerca de um ano, e pela parte prática, que é feita por meio de diversos casos clínicos com uma banca examinadora. Dediquei muito tempo de estudo para dominar as áreas da prova, que é muito abrangente, livros, artigos, revistas, atualizações e cursos”.
A titulação internacional visa alcançar um padrão uniformemente alto de conhecimento por anestesiologistas, conforme julgado por um conselho independente de examinadores. Nos países europeus, diferentemente do Brasil, a especialização em anestesiologia abrange também a área de terapia intensiva e medicina interna, explorando conteúdos desde os mais elementares até os mais especializados.
“A segunda parte da prova é realizada frente a frente com os examinadores ao longo de quase 12 horas, com casos clínicos difíceis, envolvendo situações complexas. É cobrado conhecimento atualizado em relação ao que há de mais novo na literatura e um domínio extenso sobre as técnicas anestésicas, detalhes químicos dos fármacos, conceitos de física aplicados ao funcionamento de todos os aparelhos de anestesia, monitores etc. É uma certificação difícil de obter”.
O EDAIC é visto como um certificado de excelência e são poucos os profissionais, tanto no Brasil quanto na Europa, que detêm a titulação. Crensiglova, que é natural de Curitiba, atua em Ponta Grossa desde 2011 e acredita que “na Medicina, se você parar de estudar você não para no tempo, você volta nele. Na área da saúde, o avanço da ciência traz uma série de atualizações, estudos, ensaios e publicações novas todos os dias. Certificações como essa indicam que o profissional está em constante atualização e acompanha as novidades na área. A cidade sempre me acolheu muito bem, poder retribuir à população com um bom trabalho é muito gratificante”.
Sobre a titulação
A prova começou a ser aplicada fora da Europa 2017. Em 2016, a Sociedade Brasileira de Anestesiologia firmou um acordo com a Sociedade Europeia de Anestesia (ESA) para que a prova escrita do EDAIC fosse disponibilizada em língua portuguesa e realizada no Brasil. O certificado funciona como um título de excelência profissional no Brasil e na Europa e é considerado um dos mais importantes em todo o mundo.