Sintespo se posiciona contra a proposta de greve dos professores

A direção do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos Estaduais de Ensino Superior de Ponta Grossa (Sintespo), publicou nota de esclarecimento sobre seu posicionamento relativo às negociações com o governo do Estado do Paraná no que diz respeito à data-base. A entidade orienta seus filiados a não aderirem à greve decidida pelos professores da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), em assembleia realizada na noite de quarta-feira (10). A paralisação está prevista para começar na próxima segunda-feira (15).

Na nota, o sindicato afirma ter como prioridade escolher os caminhos que levem ao melhor interesse da categoria e é esse princípio que orienta suas ações estratégicas e sua postura nas negociações. “Estamos ainda em processo de negociação com o Estado do Paraná. Esta negociação é complexa e compreende tanto a justa reivindicação da reposição das perdas salariais, hoje no montante de 42%, como a revisão das carreiras dos agentes universitários e docentes, que visa melhorar as condições de trabalho no ambiente universitário”, assinala o sindicato

No entendimento do Sintespo, deflagar uma greve antes de se ter esgotado os canais de negociação é imprudente e pode ser prejudicial aos interesses da categoria. “Ao deflagar uma greve precipitada retiramos a reivindicação, mesmo que justíssima, do canal da negociação para o dissídio, com grande possibilidade de a greve ser julgada ilegal. Como resultado teremos colaborado no fortalecimento do patrão e não dos justos interesses da categoria”, assinala.

O sindicato assinala que a luta pela reposição das perdas salariais é uma luta de todas as categorias de servidores públicos e essas negociações estão sendo realizadas em conjunto com os demais sindicatos reunidos em torno do FES (Fórum de Entidades Sindicais do Paraná). Ao decretar a greve unilateralmente ficamos (professores universitários) isolados na reivindicação, com menos força de pressão e ainda enfraquecemos as negociações que estão ocorrendo nos canais adequados.

Veja a íntegra da nota do Sintespo

COMUNICADO: NOTA DE ESCLARECIMENTO SOBRE DEFLAGRAÇÃO DE GREVE DIA 15/05/2023

O SINTESPO vem informar a população e a quem tiver interesse que, uma vez que este Sindicato que, na qualidade de representante da categoria dos Agentes Universitários e Docentes da UEPG, NÃO deflagrou indicativo de Greve e nem paralisação para o dia 15/05/2023 pelas seguintes razões:

1-    O sindicato tem como prioridade escolher os caminhos que levem ao melhor interesse da categoria e é esse princípio que orienta suas ações estratégicas e sua postura nas negociações;

2-    Estamos ainda em processo de negociação com o Estado do Paraná. Esta negociação é complexa e compreende tanto a justa reivindicação da reposição das perdas salariais, hoje no montante de 42%, como a revisão das carreiras dos agentes universitários e docentes, que visa melhorar as condições de trabalho no ambiente universitário;

3-    Deflagar uma greve antes de se ter esgotado os canais de negociação é imprudente e pode ser prejudicial aos interesses da categoria. Ao deflagar uma greve precipitada retiramos a reivindicação, mesmo que justíssima, do canal da negociação para o dissídio, com grande possibilidade de a greve ser julgada ilegal. Como resultado teremos colaborado no fortalecimento do patrão e não dos justos interesses da categoria.

4-    A luta pela reposição das perdas salariais é uma luta de todas as categorias de servidores públicos e essas negociações estão sendo realizadas em conjunto com os demais sindicatos reunidos em torno do FES (Fórum de Entidades Sindicais do Paraná). Ao decretar a greve unilateralmente ficamos (professores universitários) isolados na reivindicação, com menos força de pressão e ainda enfraquecemos as negociações que estão ocorrendo nos canais adequados.

Nesse sentido, mesmo considerando justíssima as reivindicações NÃO ORIENTAMOS a adesão à greve NESTE MOMENTO.

Ponta Grossa, 11/05/2023.

Diretoria SINTESPO