Nucria conclui investigação sobre casal acusado de estuprar criança

Nesta segunda-feira (6), o Nucria de Ponta Grossa informou que foram concluídas as investigações do pai e madrasta acusados de abusar sexualmente de um adolescente de 13 anos, respectivamente filho e enteado do homem e da mulher. 

O casal foi preso no dia 23 de fevereiro (relembre aqui). "De acordo com as investigações, nas visitas que o filho realizava na casa do pai, este o obrigava a tocar no corpo da madrasta, seios e nádegas, e logo em seguida o casal praticava relação sexual na frente da vítima, fatos que se repetiram ao longo do ano passado", informou a Polícia Civil em nota à imprensa.

Ainda segundo a Polícia Civil, em dezembro, o homem teria obrigado o filho a praticar relação sexual com a madrasta, quando teria 'manipulado' o pênis do adolescente para esse intuito. A vítima não suportava mais os abusos e procurou uma professora na escola em que frequenta, a direção acionou a mãe do adolescente, que procurou o Nucria - momento então que se iniciaram as investigações. 

Diante da gravidade e da configuração dos crimes de estupro de vulnerável, a delegada responsável pelas investigações, Ana Paula Cunha Carvalho, representou pela prisão dos suspeitos (veja vídeo acima).

Durante o interrogatório, o homem, de 44 anos, preferiu manifestar-se somente em juízo, enquanto que a madrasta, de 29 anos, acabou confessando os fatos e trouxe novas informações para a investigação. Ela afirmou que era obrigada a praticar os abusos contra o enteado, mas fazia por ser também vítima de violência pelo companheiro. A mulher disse ainda que o companheiro a ameaçava caso não participasse dos abusos . "Importante ressaltar que os fatos alegados pela investigada serão apurados em investigação própria na Delegacia da Mulher, conforme determinação da Promotoria de Justiça", relatou a nota. 

Após o cumprimento dos mandados de prisão, o casal foi encaminhados ao Presídio Hildebrando de Souza, onde permanece à disposição da Justiça. "A pena para o crime de satisfação da lascívia pode chegar até 4 anos de prisão e o de estupro de vulnerável até 15 anos", salientou a delegada Ana Paula.

Rede de proteção

Por fim, a delegada ressaltou como é necessário que as crianças e adolescentes tenham uma rede de proteção. "Nestas situações percebemos a grande importância da rede de proteção e conhecimento dos procedimentos pelas pessoas que dela fazem parte, pois mais uma vez a escola serviu como porta de entrada de denúncias de abuso sexual infantil", disse. 

Com informações da Polícia Civil