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Artista retrata patrimônio natural e cultural de Ponta Grossa

Em homenagem ao bicentenário da cidade, o artista Marcelo Schimaneski traz uma exposição com pinturas que retratam o município e sua cultura

O Vernissage acontece no dia 11/03, às 15h, no setor de Artes Visuais no Memorial Ponto Azul
O Vernissage acontece no dia 11/03, às 15h, no setor de Artes Visuais no Memorial Ponto Azul -

Da Redação

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Como presente à Ponta Grossa pelos seus 200 anos, o artista plástico expoente da arte Naïf Marcelo Schimaneski, produziu uma série de oito telas retratando um passeio pelos recantos turísticos da cidade. O Vernissage acontece no dia 11/03, às 15h, no setor de Artes Visuais no Memorial Ponto Azul, localizado na Praça Barão do Rio Branco. Os quadros ficarão em exposição até o próximo mês (15/04). 

A curadoria do trabalho é de Mariângela Digiovanni, chefe de Divisão de Artes Plásticas na Prefeitura Municipal de Ponta Grossa e a produção executiva do projeto é de Dione Navarro. O Vernissage contará com a participação do artista plástico, poeta e sócio do Instituto Montes Ribeiro, Luiz Arthur Montes Ribeiro. Haverá a distribuição de catálogos com as obras produzidas, e informações pertinentes a cada recanto turístico retratado pelo artista. O evento ainda contará com apresentação musical de Leticia Teixeira e apresentação do ballet da Casa das Artes. 

Nas obras, Schimaneski retrata o patrimônio natural e histórico-cultural de Ponta Grossa, intrinsecamente ligado à identidade da cidade, como o Buraco do Padre, a Cachoeira da Mariquinha, a Maria Fumaça, a Capela Santa Bárbara, Vila Velha, Lagoa Dourada, a Catedral Sant’Ana e o Lago de Olarias. Foram oito meses de dedicação à produção das obras. 

Enquanto autodidata, sem quaisquer amarras técnicas ou tendências artísticas, criando seu próprio estilo, Schimaneski registra através de seus pincéis uma visão singela e romântica e tece rendas de cores para mostrar as belezas naturais da região dos Campos Gerais. Com sua arte Naïf, ele arrebanha   momentos do cotidiano e paisagens campestres a fim de eternizá-los.

O projeto que deu origem às obras foi aprovado pelo Programa Municipal de Fomento e Incentivo à Cultura (PROMIFIC) e contou com o patrocínio da empresa Ap Winner e apoio da ABC Projetos. 

Para a curadora da exposição, Mariângela Digiovanni, a arte de Marcelo Schimaneski é repleta de uma alegria singular. “Conhecemos vários artistas de arte Naïf da história, mas a obra de Marcelo é a única. Ele traz uma representação de mundo, uma relação de objetos e cores que permanece no nosso subconsciente”, avalia. 

Marcelo Schimaneski revela que o grande segredo de sua obra é que ele pinta com o coração. E essa forma de pintar o mundo já rendeu diversos prêmios em salões, inclusive internacionais. 

A produtora executiva e escritora Dione Navarro considera que o projeto pode oferecer às escolas e ao turismo local um riquíssimo catálogo dos pontos turísticos da cidade. “Esse trabalho oportunizará à comunidade local e aos visitantes um olhar de contemplação às nossas belezas, porque Marcelo com sua arte nos ensina que somente quem cultiva singelezas e guarda sonhos para o infinito é capaz de fazer do movimento da vida, uma grande ciranda”, define Dione, que também é autora do livro Marcelo Schimaneski – Pincéis da Superação (2021).

Sobre o artista e a arte Naïf 

Marcelo Schimaneski encontrou na arte uma forma de distração e, ao mesmo tempo, uma poderosa terapia. Em 1989, ele foi envolvido em um acidente de carro, que o deixou tetraplégico. O motorista dormiu ao volante e foi de encontro à caminhonete em que ele dirigia a trabalho. Aos poucos, com a fisioterapia e principalmente com o auxílio da pintura, recuperou parte dos movimentos do braço e da mão. Devido às suas dificuldades motoras impostas pelo acidente há quase 30 anos, seus braços só alcançam a metade da tela que pinta. A outra metade ele retrata de ponta cabeça. Também tem dificuldade de expressar rostos ou expressões faciais em seus personagens, mas isso não o impede de criar seu próprio estilo colocando detalhes minuciosos e sempre em suas telas encontramos uma araucária como reverência regional, já que ela é o símbolo do Paraná.

O artista plástico conta com mais de 500 telas produzidas e se encontra entre os principais artistas Naïf do Brasil. Ao participar de salões de artes nacionais e internacionais sempre é selecionado e premiado em bienais nas mais diversas temáticas. Todos os quadros são produzidos em sua residência, em Olarias, onde há um pequeno atelier. 

A Arte Naïf, conhecida como arte da espontaneidade, é uma forma de expressão de artistas autodidatas que desenvolvem uma linguagem pessoal e original onde se usam cores vibrantes para captar detalhes do cotidiano.  Com surgimento na França, a palavra “Naïf” significa “algo ingênuo ou inocente”. Marcelo Schimaneski opta por retratar o cotidiano de sua cidade, a vida bucólica e paisagens campestres.

Serviço 

Vernissage "Um Passeio Naïf pelos recantos turísticos de Ponta Grossa"

Local: setor de Artes Visuais no Memorial Ponto Azul que fica localizado na Praça Barão do Rio Branco, s/n°

Data: 11/03

Horário: 15h 

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