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Vereadores rejeitam moção que cobrava bolsonaristas por danos à praça

A vereadora Josi Kieras pedia que a revitalização da 'Praça da Catedral' fosse custeada pelos organizadores dos protestos realizados entre novembro e janeiro

A moção foi votada durante a sessão desta quarta-feira (22)
A moção foi votada durante a sessão desta quarta-feira (22) -

Marcus Benedetti

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A Câmara Municipal de Ponta Grossa (CMPG) votou nesta quarta-feira (22) a Moção de Apelo 5/2023, de autoria da vereadora Josi Kieras (Psol), que cobrava os organizadores dos protestos realizados na Praça Marechal Floriano Peixoto pelos danos causados ao local. Por 11 votos contrários e 6 favoráveis, a moção foi rejeitada. Na solicitação, Josi pedia que a revitalização da praça fosse custeada pelos organizadores das manifestações e não pela Prefeitura Municipal. Após a eleição de Lula (PT) no fim de outubro de 2022, bolsonaristas ocuparam o local por cerca de 2 meses e protestaram contra o resultado das eleições. 

“A praça precisa de revitalizações como todos os anos precisa e em todas as praças temos depredações e não vejo vereador algum levantar o dedo para outras praças determinando que o munícipe que quebrou, arrume. Então, sou contra porque tem uma conotação expressamente política nessa moção de apelo”, afirmou o vice-presidente Daniel Milla (PSD). Antes, os vereadores Leandro Bianco (Republicanos) e Pastor Ezequiel (Avante) já haviam discursado contra a moção. 

PEDIDO DE RESPONSABILIZAÇÃO 

Entre os vereadores que votaram a favor da moção, o parlamentar Geraldo Stocco (PV) cobrou a responsabilização dos organizadores do protesto por conta das ocorrências registradas no local. Além disso, Stocco rebateu a fala de Bianco, que teria citado a constituição para justificar seu voto contrário. 

“Note-se que Vossa Excelência não entende nada de constituição. Os manifestantes estavam atrapalhando as outras pessoas, então a partir do momento em que Vossa Excelência atrapalha o outro, você já não está respeitando o direito de ir e vir. (...) É cada absurdo que sai nesse plenário. Nós temos que defender o direito, a constituição federal e concordo com a vereadora sobre essa moção de apelo, porque estragaram o local e tolheram o direito de ir e vir das pessoas”, declarou Geraldo, que ainda relembrou as notícias de pessoas armadas na praça.  

“Tinha até parente meu lá e eu respeito isso, mas tinham muitas pessoas mal intencionadas, pessoas armadas, cidadão que ameaçou outro cidadão com arma”, recordou. 

JUSTIFICATIVA DA MOÇÃO

Na sequência, a vereadora Josi Kieras explicou o motivo da moção e rebateu os argumentos apresentados pelos vereadores que votaram contrariamente. “Estamos pedindo para que quem organizou aquela manifestação, que pague todas as despesas com jardinagem, com calçadas quebradas e afins (...) Não estamos pedindo para empresários honestos pagarem, mas sim para empresários golpistas. Pior, tem pessoas que defendem o direito de ir e vir aqui, mas nós consideradas pessoas de esquerda não poderíamos passar por lá. Eu fui xingada naquela praça, amigos foram xingados e ameaçados e inclusive pessoas vieram aqui nos ameaçar. Então, não existe essa questão de direito de se manifestar, pois aquilo não é manifestação. Aquilo é uma baderna, impedindo que pessoas contrárias passassem por lá e danificando um patrimônio histórico tombado”, explicou a parlamentar

No começo de janeiro, o Poder Executivo anunciou a destinação de R$ 50 mil para os reparos necessários na praça e alegou que a reforma já estava prevista em um cronograma de obras dos 200 anos do município. Por conta das manifestações, a grama foi danificada, um monumento foi vandalizado e calçadas foram quebradas.

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