Astrofotógrafo amador de PG registra passagem de cometa
A última vez que este cometa nos visitou foi há 50 mil anos — e deve demorar tudo isso para que possa ser visto novamente
Publicado: 16/02/2023, 11:00
O registro de uma imagem surpreendente de um cometa no céu foi feito pelo astrofotógrafo de Ponta Grossa, Fabiano Ferreira Nascimento, trata-se do cometa C/2022 E3 (ZTF) que se aproximou da Terra. A captura encantadora aconteceu no último domingo (12).
A última vez que o cometa C/2022 E3 (ZTF) nos visitou foi há 50 mil anos — e deve demorar tudo isso para retornar. Por isso, esse registro foi uma oportunidade única.
Em algumas localizações, foi possível observar a passagem do cometa com binóculos ou até mesmo a olho nu.
Sobre a descoberta do Cometa
Este cometa foi descoberto em março do ano passado na direção da Constelação da Águia por astrônomos do Programa Zwicky Transient Facility ou ZTF. O ZTF é um programa de busca americano que varre o céu do hemisfério norte a cada 2 noites procurando por asteroides, cometas, supernovas, estrelas variáveis, binárias e outros transientes estelares. Nos últimos 3 anos, o ZTF já descobriu 10 cometas, e entre eles está o C/2022 E3 que também leva o nome de ZTF.
Sobre o Astrofotógrafo
O amor de Fabiano Ferreira Nascimento com o céu, é de longo prazo. O astrofotógrafo comenta que desde criança já se encantava com as atividades do céu, porém, nunca teve a oportunidade de aprender sobre. Mas tudo mudou em 2016, quando ele comprou seu primeiro telescópio, apenas para observar os planetas e a lua, mas, sentiu que ainda não era suficiente e que precisava fazer o registro do que via com fotos.
"Tive que ir adquirindo o equipamento aos poucos, porque são caros. Então comecei a participar de grupos de facebook e whatsapp e comecei a estudar técnicas." relata Fabiano
Para a captura acontecer com sucesso, várias técnicas são necessárias "O alinhamento polar da montagem do telescópio tem que ser precisa, essa montagem precisa acompanhar a rotação da Terra, para não gerar rastros das estrelas nas fotos em longas exposições", finaliza o astrofotógrafo