Exportações de PG batem recorde ao atingirem R$ 660 mi

Ponta Grossa iniciou 2023 com um valor recorde em produtos exportados. Somados o valor de venda dos 113 distintos itens comercializados para outros países no mês de Janeiro, um total de US$ 130,18 milhões foram enviados ao exterior. Esse montante, convertido, representa cerca de R$ 660 milhões, com base na cotação do dólar no último dia de janeiro, quando terminou o dia a R$ 5,07. Esse total é 2% superior ao recorde anterior, ainda de 2008, quando as comercializações no primeiro mês do ano somaram R$ 647,2 milhões. Em relação aos R$ 532,3 milhões de 2022, a alta foi de 24%.

O recorde colocou Ponta Grossa em uma posição de evidência não apenas em âmbito estadual, com participação de 7,9%, mas também nacional. No Paraná, a cidade já tinha deixado para trás São José dos Pinhais e agora superou a capital, Curitiba, para ser a terceira cidade que mais exportou no Estado, pouco atrás de Maringá, de onde R$ 695 milhões foram enviados ao exterior – a líder é Paranaguá, onde está o segundo maior porto do Brasil. Em âmbito nacional, Ponta Grossa figurou no ‘top 50’, sendo a 35ª cidade que mais exportou, com participação de 0,6% das vendas brasileiras.

Os produtos mais exportados foram o farelo de soja e o óleo de soja. O primeiro produto totalizou R$ 403,94 milhões, enquanto que o segundo somou R$ 142,03 milhões. Juntos, esses dois derivados do grão somaram 83% de tudo comercializado neste início de ano. Logo depois, apareceram as embalagens Tetra Pak, com um total de R$ 57,5 milhões comercializados (8,7% do total), seguidas por painéis de madeira do tipo ‘OSB’, com R$ 9,1 milhões vendidos (1,4% do total). Um dos principais destaques é a exportação de caminhões por parte da DAF, que ainda não existia no início de 2022, e somou R$ 3,17 milhões neste primeiro mês de 2023.

Em relação aos destinos dos produtos, a Tailândia aparece na liderança, que absorveu R$ 109,4 milhões dos produtos exportados. Logo depois aparece a Espanha, com R$ 82,3 milhões, a Indonésia, com R$ 76,9 milhões, e a Índia, com 74,2 milhões. O primeiro país do continente americano é Cuba, que comprou R$ 42,1 milhões em produtos de Ponta Grossa, aparecendo na sexta colocação geral. Os menores valores foram de Nepal (R$ 50,8 mil), Quênia (R$ 50,7 mil), Líbano (R$ 49,1 mil) e Uzbequistão (R$ 21,9 mil).

Importações

No sentido inverso, das importações, o total adquirido por empresas de Ponta Grossa alcançou R$ 259,99 milhões, o terceiro maior valor da série histórica, atrás dos dois anos anteriores (R$ 310,5 milhões em 2022 e R$ 439,5 milhões em 2021). Na liderança das importações aparecem “partes e acessórios de veículos automotores”, com R$ 49,55 milhões adquiridos. Na segunda colocação aparecem garrafas de vidro, com R$ 25,42 milhões comprados por empresas de Ponta Grossa, e na terceira posição aparecem adubos, com R$ 20,1 milhões. Também foi destaque a importação de partes de motores, com R$ 18 milhões comprados.

Movimentação também foi recorde

Somados os valores de importação e exportação, Ponta Grossa também registrou uma movimentação recorde de produtos para o mês de janeiro. No total, a ‘corrente’, como é chamada a soma desses dois movimentos, atingiu a marca de R$ 920,41 milhões. O valor é 9,18% maior que o montante registrado em janeiro de 2022. Com relação ao saldo da balança comercial, quando se subtrai as importações das exportações, Ponta Grossa registrou um superávit de R$ 400,4 milhões, valor que é quase o dobro em relação ao registrado em 2021 (R$ 221,8 milhões).