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PG tem redução nos homicídios em janeiro de 2023

Delegado-chefe da 13ª Subdivisão de Policial de Ponta Grossa, Nagib Nassif Palma, explica a mudança nas motivações dos crimes em relação aos anos anteriores

“Metade ou mais foram crimes eventuais”, afirma o delegado sobre os homicídios de 2023
“Metade ou mais foram crimes eventuais”, afirma o delegado sobre os homicídios de 2023 -

Naiane Jagnow

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O primeiro mês de 2023 registrou uma queda de 16,67% no número de homicídios em Ponta Grossa em relação a 2022. Em janeiro do ano passado foram registrados 12 casos de homicídio, enquanto em 2023 foram dez. A diferença entre os homicídios não está apenas na redução, mas também nas motivações dos crimes. Enquanto no ano anterior as execuções aconteceram principalmente por conta do tráfico de droga, este ano teve um aumento nas motivações pessoais.

Conforme explica o delegado-chefe da 13ª Subdivisão de Policial de Ponta Grossa, Nagib Nassif Palma, a região vivia uma ‘guerra’ entre facções no ano de 2021 e 2022.  Este foi um período bastante violento para Ponta Grossa, que registrou 75 homicídios em 2021 e 73 homicídios em 2022. A motivação desses crimes estava ligada principalmentea disputa entre as organizações criminosas para a dominação do mercado local e regional de drogas. “Foi um pesado índice de execuções”, diz. Além disso, o delegado destaca a brutalidade desses crimes. “Em alguns casos entravam na casa da pessoa e na frente dos outros davam inúmeros tiros”, pontua. As vítimas em sua maioria apresentavam alguma ligação com a criminalidade, no caso de 2022, 74% delas tinham alguma passagem pela polícia.

As elucidações dos homicídios ficaram em 51% em 2021. "Essas execuções que nós enfrentamos são complexas de investigar”, afirma o delegado. Ele explica que as principais dificuldades estão relacionadas com o medo das pessoas testemunharem e também porque muitos executores das facções vem de fora do estado do Paraná. Apesar da complexidade, o índice de elucidação subiu para 64% em 2022. De acordo com delegado, o aumento do índice de mortes por conta do tráfico foi contido. “A gente prendeu muitas pessoas”, enfatiza. Ele destaca principalmente a prisão de um dos líderes de um dos grupos criminosos que aconteceu no Rio de Janeiro.

Para 2023, o delegado-chefe aponta que a principal mudança nos homicídios foram as motivações. “Nós tivemos irmão matando irmão, mulher matando marido”, enfatiza. Nagib explica como isso altera o cenário para a Polícia Civil. “Metade ou mais foram crimes eventuais”, afirma. De acordo com o delegado, outro dado importante é que metade das execuções que aconteceram neste ano foram com arma branca, o que reforça as motivações pessoais dos crimes.

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