Lista de credores da Americanas inclui empresas de PG; veja nomes

A Lojas Americanas entrou com pedido de recuperação judicial, na semana passada, após a ‘descoberta’ de um rombo superior a R$ 20 bilhões. Já nessa quarta-feira (25), o Grupo entregou, na 4ª Vara Comercial do Rio de Janeiro, uma lista com 7.967 credores, para quem a empresa deve R$ 41,2 bilhões. Na lista, consta pelo menos seis empresas e nomes com endereços em Ponta Grossa, totalizando R$ 58,6 mil devidos.

Na lista divulgada pela empresa, nem todos os nomes têm endereços, o que dificulta a identificação e a quantia exata de credores no município. Entre os nomes com endereços, em uma busca realizada pela reportagem, houveram seis referências a Ponta Grossa, incluindo três empresas, dois nomes e a própria Prefeitura de Ponta Grossa.

A maior dívida da varejista com credores da cidade é com a cervejaria Heineken. No total, o valor é de R$ 52,69 mil junto à unidade instalada no Distrito Industrial da cidade – a empresa tem outras dívidas com outras fábricas da Heineken pelo país, inclusive uma superior a R$ 1 milhão.

A segunda maior dívida é com uma empresa genuinamente ponta-grossense, o Grupo MM (Mercadomóveis Ltda). No total, são R$ 4.910,28 devidos pela Americanas ao MM, em dívida considerada “Classe III”, identificada como 'Dívidas com Terceiros’, caso que é o mesmo com o da Heineken. A terceira empresa que aparece é a ‘Musical Center Ponta Grossa’, com um valor de R$ 262,10.

Junto ao município de Ponta Grossa, a dívida da empresa é de R$ 116,84, em uma classificação do crédito como “extraconcursal”. Os outros nomes que aparecem são nomes de pessoas físicas: Jose Joanir Alves de Oliveir, com o valor de R$ 100; e Priscilla Sukoski, no valor de R$ 600. Esses dois últimos nomes também entram como dívidas ‘Classe III’.

Na lista, o maior credor das Americanas é o banco Deutche Bank, com R$ 5,22 bilhões. Entre outras grandes dívidas estão com o Bradesco, na casa de R$ 4,51 bilhões; com o Santander, de R$ 3,65 bi; com o BTG Pactual, de R$ 3,5 bilhões; com Votorantim, de R$ 3,28 bilhões; com a B2W Lux, de R$ 3,22 bilhões; e com o Itau Unibanco, de R$ 2,7 bilhões; entre outros.

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Rombo

A Americanas divulgou um Fato Relevante, no último dia 11 de janeiro, esclarecendo ao mercado que a Companhia detectou inconsistências em lançamentos contábeis redutores da conta fornecedores, realizados em exercícios anteriores, incluindo o exercício de 2022, que, em uma análise preliminar, a área contábil da Companhia estimou que sejam da dimensão de R$ 20 bilhões na data-base de 30 de setembro de 2022. No dia 19 de janeiro, então, a empresa protocolou o pedido de recuperação judicial, declarando dívidas de R$ 43 bilhões com 16 mil credores.