Prefeitura destina R$ 50 mil para revitalizar Praça da Catedral
De acordo com a Prefeitura, a reforma do local já estava previsto em um programa de obras relacionados aos 200 anos município
Publicado: 11/01/2023, 17:33
A Prefeitura Municipal de Ponta Grossa confirmou, nessa quarta-feira (11), que irá gastar R$ 50 mil para a revitalização da Praça Marechal Floriano Peixoto, conhecida como Praça da Catedral. O local foi palco de manifestações, por cerca de 60 dias, de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que não aceitavam o resultado da eleição presidencial de 2022. Com a posse do presidente Lula (PT) no dia 1º de janeiro, os manifestantes deixaram o espaço. Alguns membros do protesto golpista ameaçaram retornar na última segunda-feira (9), mas abandonaram o local pouco depois.
Por conta da mobilização firmada no local, a praça sofreu danos e agora precisa de revitalização. A grama foi prejudicada, um monumento foi sujo por terra e o paisagismo do espaço foi desconfigurado. Recentemente, o Portal aRede noticiou a possibilidade de aplicação de multa contra os manifestantes, entretanto, a Prefeitura já adiantou que irá bancar a reforma, pois a revitalização já estaria prevista em um pacote de serviços programados para os 200 anos do município.
“A Secretaria de Meio Ambiente informa que está em andamento um projeto de revitalizações de diversas praças na cidade, inclusive e especialmente esta, a Marechal Floriano Peixoto, cujo projeto de revitalização está incluso no plano de celebração dos 200 anos. Reforçamos que é a praça mais antiga, principal e marco zero da cidade. Lá está o monumento ao sesquicentenário da cidade e também lá haverá um monumento ao Bicentenário da cidade”, afirmou a assessoria de imprensa da Prefeitura.
Possibilidade de Multa
De acordo com apuração do Portal aRede, o Conselho Municipal de Patrimônio Cultural (Compac) estaria analisando uma possível penalização aos participantes dos atos antidemocráticos. Em Ponta Grossa, existe a Lei nº 8.431, de 29/12/2005, que prevê multa a qualquer cidadão que danifique um patrimônio público da cidade. Segundo uma fonte do Conselho, um fiscal da Secretaria Municipal de Cultura (SMC) teria tentado, mais de uma vez, acessar a Praça para que notificasse os manifestantes sobre a situação, porém, em mais de uma vez, ele teria sido hostilizado.
Agora, com o espaço desocupado, um fiscal deverá ir novamente ao local para identificar todos os danos causados ao patrimônio cultural. Com a confecção de um relatório, ele será apresentado ao Compac, possivelmente em fevereiro, para que os conselheiros deliberem sobre uma possível multa aos manifestantes. Entretanto, de acordo com essa fonte, há uma 'divisão' no Compac sobre o assunto, já que uns são favoráveis à penalização e outros não. Em contato com a Prefeitura Municipal, a assessoria não se manifestou sobre o assunto.
A praça abriga construções importantes como o obelisco que homenageia os fundadores da cidade e também o Monumento ao Sesquicentenário, construído em comemoração aos 150 anos da elevação de Ponta Grossa a Freguesia. O serviço de revitalização, realizado pela Secretaria de Meio Ambiente, deve seguir nos próximos dias.