Maria Fumaça depende de ‘doação’ da União para ser revitalizada | aRede
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Maria Fumaça depende de ‘doação’ da União para ser revitalizada

Locomotiva 250 sofre com a ação do tempo e dos vândalos, porém a Prefeitura de PG não possui autorização para reformá-la

Um dos principais símbolos de crescimento e desenvolvimento da cidade sofre pela ação do tempo e de vândalos
Um dos principais símbolos de crescimento e desenvolvimento da cidade sofre pela ação do tempo e de vândalos -

Naiane Jagnow

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Ponta Grossa completa 200 anos em 2023 e um dos principais símbolos de crescimento e desenvolvimento da cidade, a Maria Fumaça, padece pela ação do tempo e de vândalos. Na estrutura da locomotiva ‘250’ é possível observar pedaços sem a tintura, além de partes soltas ou quebradas. Porém, a Prefeitura Municipal de Ponta Grossa (PMPG) não possui autorização para restaurá-la.

Atualmente, a Maria Fumaça pertence ao Patrimônio da União e é administrada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). “A Prefeitura tem recursos para a revitalização, mas só poderá realizar qualquer intervenção após receber o bem, porque hoje, em síntese, ela não é nossa”, explica o secretário municipal de cultura, Alberto Schramm Portugal.

Conforme o secretário, um pedido de doação da locomotiva ao município foi realizado em 2021, porém, até o momento, a solicitação não foi atendida. “Recebemos um documento informando que só em 2023 o processo daria continuidade”, comenta. Após a doação definitiva, o objetivo é realocá-la sob a plataforma da Estação Saudade. “O SESC Estação Saudade já sinalizou o interesse em restaurar e transportar a locomotiva para lá, mas também depende dessa doação do Patrimônio da União para o município”, relata Portugal.

Enquanto a 250 não pertence à Prefeitura de Ponta Grossa, nenhum reparo pode ser feito com recursos municipais, e, dessa forma, um dos principais retratos de progresso e prosperidade da cidade continua ruindo.

Restauração em 2019

Em homenagem aos 196 anos de Ponta Grossa, comemorado em 2019, a Maria Fumaça foi totalmente restaurada em uma ação conjunta da Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Administração e Recursos Humanos (SMARH), do Exército brasileiro, por meio do comando do 13º Batalhão de Infantaria Blindado (13º BIB) e também do setor privado. Nesta época, a prefeitura tinha autorização para realizar o reparo, pois detinha a locomotiva por uma concessão. “Mas esse documento venceu em janeiro de 2021”, esclarece o secretário da cultura.

Antes de 2019, a locomotiva estava desde 1996 sem nenhuma revitalização. O Exército Brasileiro ficou responsável pelo reparo estético na estrutura devido à experiência que possui na manutenção de blindados e grandes veículos. A reforma foi feita por uma equipe de 30 pessoas, durante cerca de 45 dias.

História

A rede ferroviária foi fundamental para colocar Ponta Grossa como um entroncamento econômico. A locomotiva 250 entrou em atividade no ano de 1940 e realizava viagens alternadas entre passageiros e cargas. Foi utilizada na construção da Estrada de Ferro Central do Paraná, que ligava Ponta Grossa a Apucarana e só deixou de operar em 1972, quando foi substituída por máquinas a diesel, consideradas mais potentes. A locomotiva permanece exposta no Parque Ambiental desde a década de 90. 

Confira o vídeo:

VÍDEO
Na estrutura da locomotiva ‘250’ é possível observar pedaços sem a tintura, além de partes soltas ou quebradas | Autor: Márcio Lopes/aRede
 

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  • Um dos principais símbolos de crescimento e desenvolvimento da cidade sofre pela ação do tempo e de vândalos
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  • . Na estrutura da locomotiva ‘250’ é possível observar pedaços sem a tintura, além de partes soltas ou quebradas
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