Aluna surda do Acap Geny Ribas é aprovada na UEPG | aRede
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Aluna surda do Acap Geny Ribas é aprovada na UEPG

Claudineia Machado de Oliveira Nascimento é a mais nova caloura de Letras

Estudante ficou em 1º lugar no curso de Letras na vaga para estudantes com deficiência
Estudante ficou em 1º lugar no curso de Letras na vaga para estudantes com deficiência -

Naiane Jagnow

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Claudineia Machado de Oliveira Nascimento é uma das aprovadas no vestibular 2022 da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). A estudante possui surdez profunda e sua aprovação foi motivo de muita alegria para a Associação de Apoio, Atendimento e Assessoramento à Comunidade Surda Geny de Jesus Souza Ribas (Acap Geny Ribas), local em que estudou.

Ela ficou em 1º lugar no curso de Letras na vaga para estudantes com deficiência. O ingresso ao ensino superior significa o início de um sonho para Claudineia. “Ela sempre sonhou em ser professora, ter uma estabilidade na vida, conquistar um espaço em meio à comunidade, ter um diploma”, comenta a assistente social, Maria Luciane Gonçalves. 

A conquista da Claudineia também representa um passo muito importante para toda a comunidade surda ponta-grossense. “Isso encoraja para que cada vez mais surdos comecem a participar dos vestibulares realizados pela UEPG”, salienta Luciane. Além disso, a aprovação também foi muito celebrada pela Acap Geny Ribas. “Enfatiza o trabalho que nossa instituição realiza junto às pessoas surdas de Ponta Grossa e região”, celebra a assistente social.

Cotas 

No vestibular 2022 da UEPG, em que Claudineia participou, a nova política de cotas já estava vigente. A decisão divide vagas em 5% para candidatos com deficiência; 5% para candidatos que se autodeclarem negros; 10% para candidatos que se autodeclarem negros oriundos de Instituições Públicas de Ensino; 40% aos candidatos oriundos de Instituições Públicas de Ensino; e 40% destinadas à concorrência universal. A partir de 2024, as cotas atingirão 100% das vagas, ao englobar Vestibular e PSS. 

“O sistema de cotas é um compromisso com o tipo de sociedade que queremos. Por meio do sistema de cotas dizemos explicitamente quem pode e deve entrar na universidade e que esse público deve ser cada vez mais amplo”, explica a Pró-Reitora de Assuntos Estudantis (Prae), professora Ione Jovino.

A professora também desejou as boas-vindas a Claudineia. “A universidade, em especial o curso de Letras, espera que ela e todos os estudantes com deficiência encontrem um ambiente acolhedor e receptivo. Na Prae nossa expectativa é de poder auxiliá-la em sua trajetória e poder fazer isso aprendendo com ela”, diz.

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