Funcionário da UEPG relata agressão em praça; bolsonaristas negam | aRede
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Funcionário da UEPG relata agressão em praça; bolsonaristas negam

O homem admitiu estar com medo

O prédio da Proex UEPG fica próximo ao local da manifestação
O prédio da Proex UEPG fica próximo ao local da manifestação -

Naiane Jagnow

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Um funcionário da Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Culturais da Universidade Estadual de Ponta Grossa (Proex UEPG) afirmou ter sido agredido por manifestantes pró-Bolsonaro, nesta segunda-feira (19), por volta das 12h05, na Praça Marechal Floriano Peixoto, no Centro de Ponta Grossa. 

“Infelizmente, fui agredido por estar fotografando um desentendimento que aconteceu em frente ao meu local de trabalho”, relatou o funcionário ao Portal aRede. Ele preferiu não se identificar, pois disse não se sentir seguro após o acontecido. 

O homem alegou que foi atacado após a tentativa de filmar as ações dos manifestantes que estariam ofendendo dois jovens, durante as agressões ele relatou que teve os braços puxados para trás e a camisa rasgada. Posteriormente, ele teria entrado em um prédio próximo ao local para buscar abrigo. 

O funcionário revelou ainda que denunciou o caso à polícia e admitiu estar com medo. “Fiz uma solicitação oficial após os fatos, pois parece que a cada dia que passa aumenta a pressão em frente à praça. Não estamos nos sentindo seguro”, desabafou. Por fim, ele fez um apelo às autoridades para acabar com a manifestação. “Precisamos de paz!”

O outro lado

Um dos manifestantes do local, Rodrigo Tramontim, disse que a informação foi distorcida pelo funcionário da UEPG. Ele explicou que os integrantes da manifestação detiveram um jovem que teria feito pichações na praça, quando teriam sido atacados por pessoas que atravessaram a rua. "Como vieram para cima, claro que não vamos deixar nos bater", disse. Ele afirmou também que os funcionários da UEPG costumam provocar os manifestantes com gestos e palavras obscenas. “Nós estamos em um ato pacífico e democrático. Ficamos na praça, não provocamos ninguém”, defendeu. 

Tramontim também explicou que a Polícia Militar foi acionada devido ao jovem pichador. “O rapaz que foi detido teve sua integridade totalmente protegida”, esclareceu. Por fim, ele solicitou para se manter o respeito. “Cada um está no seu direito de se expressar. Por que vem provocar a gente!? Deixa o pessoal nosso quieto, deixa a gente fazer a nossa manifestação”, disse.

Nota de repúdio contra violência bolsonarista

O Sindicato dos Técnicos e Professores da Universidade Estadual de Ponta Grossa (SINTESPO) vem a público manifestar seu repúdio contra os atos de violência praticados por defensores do presidente Jair Bolsonaro que estão acampados na Praça Marechal Floriano Peixoto contra servidores da universidade que trabalham nas imediações.

O episódio ocorrido nesta segunda-feira, 19, contra um servidor da UEPG, não é o primeiro. Temos informações de outro caso em que uma servidora foi agredida verbalmente no momento em que chegava no seu local de trabalho ao passar pela manifestação.

O SINTESPO exige uma resposta contundente das autoridades contra esse tipo de violência totalmente injustificável, sob o risco de que essas atitudes voltem a se repetir de forma ainda mais grave, tendo em vista que o ânimo dos bolsonaristas está cada vez mais acirrado.

O SINTESPO reitera também sua confiança na Democracia, na lisura das urnas eletrônicas e na idoneidade do processo eleitoral e considera ilegal a ocupação da Praça, um espaço público que foi sequestrado pelos bolsonaristas e que deveria ser de usufruto de toda a população ponta-grossense.

De mesmo modo, o SINTESPO também não compreende como o acampamento ainda não foi desmontado pelas autoridades competentes, e reivindica ações imediatas para devolver esse espaço à população de Ponta Grossa.  

De outra forma, o SINTESPO manifesta sua solidariedade aos servidores públicos da UEPG que tenham sofrido ou venham a sofrer qualquer tipo de violência pelos bolsonaristas e coloca seu departamento jurídico à disposição para que sejam tomadas providências em casos de agressão.

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