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Inflação de alimentos em PG tem alta de 15,8% em 2022

Aumento está dentro da média estadual, de 15,85%. Informação consta no Índice de Preços Regional (IPR), lançado ontem (15) pelo Ipardes. Maior alta no ano é de produtos de hortifruti

Ipardes faz lançamento do IPR-PR nesta quinta-feira
Ipardes faz lançamento do IPR-PR nesta quinta-feira -

Fernando Rogala

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A inflação de Ponta Grossa no setor de alimentos e bebidas acumula uma alta de 15,8% neste ano de 2022. Esse valor está dentro da média do Estado, que alcançou 15,85%, conforme a publicação Índice de Preços Regional (IPR), que passa a calcular a variação no preço de alimentos e bebidas no Paraná. O IPR foi lançado nesta quinta-feira (15) pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) e fará uma análise mensal de 35 itens alimentícios nas seis maiores cidades do Paraná, trazendo um indicador médio da inflação no Estado.

Entre os seis municípios abordados no levantamento (Curitiba, Londrina, Maringá, Ponta Grossa, Cascavel e Foz do Iguaçu), Ponta Grossa teve a terceira menor variação. A menor inflação do estado no ano está em Londrina, onde os preços subiram, em média 14,51%. Também com uma inflação menor que Ponta Grossa, se destaca Foz do Iguaçu, com um acumulado de 14,98%. No outro extremo estão Curitiba, com 16,38% e 17,35%.

Na comparação mensal, de novembro com outubro desse ano, o aumento na cidade foi de 1,37%, também dentro da média estadual, que variou entre 1,05% (Londrina) e 1,55% (Curitiba). Já na variação anual, dos últimos 12 meses, de dezembro de 2021 a novembro de 2022, a cidade tem uma inflação de 14,88% no setor de alimentos, o segundo menor valor do estado, acima apenas de Londrina (14,39%) – os valores anuais mais altos do Estado foram de Curitiba (15,39%) e Cascavel (15,44%).

PRODUTOS

Entre os 35 produtos avaliados na cidade de Ponta Grossa, os dois que apresentaram maior variação positiva neste ano de 2022 são do setor de hortifrutigranjeiros. De janeiro a novembro, a batata inglesa subiu 99,48%, ou seja, dobrou de preço, ao passo que a cebola mais que dobrou e atingiu 120,3% de aumento. Por outro lado, as maiores baixas foram de molho e extrato de tomate, na casa de 9,62%, e de feijão preto, com uma variação negativa de 13,35%. A cebola é a vilã mensal, com alta de 22,08% e a vilã anual, com aumento de 180%. Já no sentido negativo, a maior baixa mensal foi de pernil suíno (-9,26%), e em 12 meses, do mesmo feijão preto (-13,4%).

JUSTIFICATIVA

O diretor de Estatísticas do Ipardes, Daniel Nojina, explica que a variação do preço dos alimentos no Estado é reflexo de uma série de fatores, como o clima, o custo dos insumos, que é calculado em dólares, e até o cenário internacional, como no caso da Guerra na Ucrânia. “Assim como no resto do País, o índice está razoavelmente alto, e um dos motivos é que o Paraná está há pelo menos um ano e meio tendo problemas com o clima, muito quente, muito seco ou muita chuva. Isso prejudica a produtividade das lavouras, aumentando, consequentemente, o preço dos alimentos”, diz o diretor.

Dados possibilitam melhorias em políticas públicas

O diretor-presidente do Ipardes, Marcelo Curado, afirma que, com esse estudo, as maiores cidades do Paraná vão conseguir saber exatamente o comportamento dos preços dos alimentos, que têm um reflexo relevante na vida dos cidadãos. Segundo ele, os dados são importantes, por exemplo, para a elaboração de políticas públicas regionais e estaduais. “Será possível elaborar políticas mais direcionadas em função do comportamento particular do índice de preços nas cidades”, explica. “Até então, tínhamos apenas o IPCA medindo a inflação da Região Metropolitana de Curitiba, sem atender outros municípios que são polos de desenvolvimento no Paraná. Agora, temos uma visão mais regionalizada”, pondera Curado. A série histórica está sendo trabalhada pelo instituto desde janeiro de 2020.

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