Josi denuncia ameaças contra integrantes do Coletivo do Psol

A vereadora Josi Kieras (Psol) utilizou a tribuna da Câmara Municipal, nesta quarta-feira (23), para denunciar ameaças e tentativas de intimidações contra membros do Coletivo do Psol de Ponta Grossa. Segundo ela, o co-vereador João Luiz Stefaniak foi ameaçado no portão de casa durante a última madrugada. 

“Nosso co-vereador foi ameaçado no portão da casa dele às 3h da manhã. O agressor disse que ‘o que era dele estava guardado’ e que ‘quem era de esquerda iria receber o que estava guardado’. O João Stefaniak está há 30 anos na política e claro que ele já vivenciou discussões, debates, mas nunca foram até a casa dele ameaçá-lo”, disse. 

Ainda de acordo com Josi, as preocupações aumentaram por conta da morte de um padre - declaradamente de esquerda - em Guaíra, nesta semana. “Estamos muito preocupadas com algumas ameaças que estamos sofrendo. E isso nos preocupou ainda mais após o assassinato de um padre em Guaíra, que defendia um grupo de esquerda e existem indícios de que foi essa a motivação do crime. Nós somos de esquerda assumidamente e nos consideramos pessoas honestas, leais, do bem e coerentes. O que não podemos permitir é que nos ataquem de forma gratuita, violenta”, afirmou. 

Ainda na fala de Josi, a vereadora relembrou as ameaças que sofreu recentemente durante uma Sessão Ordinária, quando manifestantes foram até a galeria da Câmara para protestar contra uma Moção de Aplauso, que iria homenagear o ministro Alexandre de Moraes no dia. “Hoje tivemos pessoas que vieram com cartazes se manifestar pela abertura da CPP e não vimos nenhuma agressão verbal, moral. Creio que ninguém se sentiu intimidado ou agredido. Por que nós da esquerda temos que receber pessoas que nos agridam, nos ofendam?”, questionou. 

Por fim, a vereadora mostrou dois B.Os (Boletins de Ocorrência) que registraram as ameaças sofridas por ela na Câmara e pelo co-vereador João Stefaniak no portão de casa. A parlamentar ainda solicitou as imagens da Casa de Leis do dia em que foi ameaçada. 

“Nós não vamos nos deixar intimidar (...) Eu tenho filhos, netos, enteados e preciso que todos eles fiquem em segurança. Estou contando parte da minha história para que vocês vejam que estão me chamando de vagabunda, de vaca, de bandida, sendo que sou mãe, mulher, esposa e não tenho rabo preso com ninguém”, completou.