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PG ocupa 3ª posição do PR em exportação de soja e derivados

Empresas de Ponta Grossa comercializaram R$ 7,33 bilhões em soja e derivados para outros países neste ano. Valor é o terceiro maior do Estado, atrás apenas de Maringá e Paranaguá

Paranaguá é o município que mais exporta soja no Estado; Ponta Grossa é líder estadual em farelo de soja
Paranaguá é o município que mais exporta soja no Estado; Ponta Grossa é líder estadual em farelo de soja -

Fernando Rogala

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O agronegócio é responsável por aproximadamente 80% de tudo o que é exportado pelo Paraná. Em Ponta Grossa esse panorama é semelhante, sendo que quase 79,19% de tudo enviado ao exterior, se refere à soja e seus derivados: dos R$ 7,33 comercializados pelo município para outros países neste ano, 52% se refere ao farelo de soja (R$ 3,8 bilhões), 24% foi de óleo de soja (R$ 1,78 bi) e 3,1% de soja em grãos ou triturada (R$ 225 milhões). Isso faz Ponta Grossa ocupar a terceira posição do Paraná no ranking das exportações do complexo soja, sendo a cidade paranaense que mais comercializa farelo de soja para outros países.

No total, a soja e seus derivados (complexo soja) correspondeu a R$ 5,80 bilhões vendidos por empresas de Ponta Grossa no comércio exterior entre janeiro e setembro de 2022. Esse valor é apenas inferior aos R$ 8,8 bilhões acumulados por Maringá (sendo R$ 8,14 bi de soja in natura, R$ 471 milhões de óleo de soja e R$ 190,2 milhões de farelo de soja) e aos R$ 17,39 bilhões registrados por Paranaguá, onde está o porto, o segundo mais movimentado do país. Desse montante de Paranaguá, R$ 11,8 bilhões se referem à soja (mesmo que triturada), R$ 3,73 bilhões ao farelo de soja e R$ 1,84 bilhão ao óleo de soja.

Em 2021, o Paraná foi o quarto Estado exportador do agronegócio, arrecadando US$ 15,16 bilhões nas transações com 200 países. O complexo soja foi a principal atividade exportadora, que representou 42% do total - dentro do complexo, a soja em grão alcançou 73,27%, o farelo de soja, 20,61%, e o óleo de soja, 6,12%. Nos últimos dez anos, a participação paranaense nas vendas brasileiras do agronegócio para o exterior foi, em média, de 13,4%, enquanto nas importações, o Estado recebeu 11,6%, segundo informa o Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, no Panorama do Comércio Exterior do Agronegócio do Paraná, documento publicado nesta semana.

“O Paraná tem identidade produtiva muito bem firmada: é um Estado agrícola. Dos campos florescem riquezas que alimentam sua população e auxiliam no sustento do mundo”, afirmou o secretário Norberto Ortigara, na apresentação do documento. “O Estado aprendeu cedo que a prosperidade depende também de relações comerciais e aprimorou suas saídas pelo mar, os portos públicos de Paranaguá e Antonina modernizaram-se e hoje comemoram recordes anuais, em que o agronegócio desponta”, informou.

OUTROS PRODUTOS

Além dos produtos do complexo soja, Ponta Grossa também comercializa outros itens do agronegócio. Entre os exemplos estão o milho, com a venda de R$ 36 milhões em produtos a outros países, os açúcares de cana ou beterraba, que somaram R$ 21,3 milhões, e o trigo, com R$ 7,91 milhões. Há, ainda, outros subprodutos diretos do agronegócio, tais como painéis de madeira do tipo OSB, que somou R$ 211 milhões exportados, e madeira serrada, com R$ 45,4 milhões. O glicerol bruto (álcool obtido por fontes naturais) somou R$ 64 milhões comercializados a outros países.

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